Em março, Fiocruz deve produzir 15 milhões de vacinas no Brasil. Será que agora vai?

Tomara que dê tudo certo e o processo de produção e aquisição de vacinas aumente o ritmo. O Brasil vem mais uma vez batendo recordes de casos e de mortes

Por meio de sua página no Facebook, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informa que recebeu na noite de sábado, 27, uma nova remessa de insumos para vacinas – o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA).

Os insumos, que vieram da China, serão suficientes para a produção de cerca de 12,2 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca, contra a covid-19.

É a segunda e maior remessa que o laboratório Bio-Manguinhos/Fiocruz recebe. A primeira, no dia 6 de fevereiro, é suficiente para produzir 2,8 milhões de doses, que já estão sendo processadas.

No total, devem ser produzidas 15 milhões de doses, agora em março. Até junho, a Fiocruz informa que terá lotes de IFA suficientes para a produção de 100,4 milhões de doses.

No Facebook, a Fiocruz explica que amostras do IFA serão encaminhadas para controle de qualidade. Com a liberação dos resultados, será feito o descongelamento, seguido do processamento final, em quatro etapas: formulação, envase e recravação, inspeção e rotulagem da embalagem.

A chegada dos insumos. Agora, são várias etapas até a produção da vacina. Foto Fiocruz

RECORDES DE MORTES

Enquanto a população não é imunizada, o Brasil vem batendo tristes recordes nos últimos dias. Nas 24 horas até sábado, morreram mais de 1.300 brasileiros. A média de mortes diárias, nos últimos dias, foi de 1.180, o que representa um crescimento de 7% nos óbitos na comparação com 14 dias atrás.

O número de novos casos também é absurdo: 61 mil em 24 horas. A média diária, na última semana, foi 19% superior à de duas semanas atrás. Agora, o total de casos é de 10.517.232, enquanto o de mortes subiu para 254.221.

EM ALTA NO PARANÁ

O Paraná é um dos estados onde o número de casos está em ascensão. O Estado registra, até sábado, 638.750 casos e 11.457 mortes.

Nos últimos sete dias, até a sexta-feira, 26, a média móvel de casos foi de 3.640, um crescimento de 46,4% na comparação com duas semanas atrás.

Já a média móvel de mortes foi de 44 por dia, um pequeno decréscimo de 3,% na comparação com o número de 14 dias atrás.

Em relação aos leitos de UTI, a pior situação é da macrorregião Oeste, onde a ocupação chega a 100% (caso de Foz do Iguaçu, onde está até pior – há mais pacientes que leitos). Pra comparar, a segunda macrorregião em situação mais difícil é a Leste (que inclui Curitiba, o Litoral, Ponta Grossa, etc), onde a ocupação dos leitos de UTI CHEGA A 50%.

FOZ DO IGUAÇU

A regional de Saúde de Foz do Iguaçu, que engloba ainda outros municípios, está com o pior coeficiente de incidência de covid-19: são 9.649 casos a cada 100 mil habitantes; a média paranaense é de 5.546 casos.

A regional de Foz lidera também no coeficiente de mortalidade: 135,7 óbitos a cada 100 mil habitantes. A média paranaense é de 100,3.

Em número absoluto de mortes, a regional de Saúde de Foz, com 550 óbitos desde o início da pandemia, só fica atrás das regionais mais populosas do Paraná: a Metropolitana (4.614) e a de Londrina (1.006). A regional de Cascavel registra 257 mortes, menos da metade do número da regional de Foz do Iguaçu.

Isoladamente, Foz do Iguaçu tem maior registro de mortes do que municípios mais populosos. Com 402 casos, supera Ponta Grossa (379), São José dos Pinhais (359) e Cascavel (325).

Perde apenas para Curitiba (2.530), Londrina (596) e Maringá (398).

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