O Paraguai fechou abril com 64.410 casos registrados e 2.179 óbitos, o pior resultado num mês desde o início da pandemia, superando os números de março, até então o mais fatal, conforme balanço feito pelo jornal La Nación.
Nos quatro primeiros meses do ano, houve 171.145 casos confirmados, bem acima do registrado nos 10 meses de pandemia em 2020: 107.932.
Também de janeiro ao final de abril, morreram 4.123 paraguaios, quase o dobro dos 2.262 óbitos registrados ao longo do ano passado.
No dia 27 de abril houve dois recordes, de internamentos (3.079 pacientes) e de ocupação de leitos de UTI (563 pacientes).
No mesmo dia, houve o registro de nove mortes de jovens com menos de 20 anos, confirmando a tese de que a variante brasileira do vírus, que circula fortemente no Paraguai, afeta cada vez mais as pessoas mais jovens e prolonga o tempo de internamento dos casos graves, que na média passou de 13 para 19 dias.
Com os resultados de abril, o Paraguai totaliza 279.077 casos e 6.385 mortes.
VACINAÇÃO
O Paraguai batalha em todas as frentes para conseguir vacinas, mas os resultados, até agora, são quase nulos. Entre fevereiro e abril, o país recebeu 417.400 doses. Como são necessárias duas doses por pessoa, pouco mais de 200 mil paraguaios ficarão imunizados.
Até 29 de abril, a campanha de vacinação atingiu 101.107 pessoas, que receberam pelo menos uma dose. Esse número representa apenas 1,4% da população paraguaia.
Também enfrentando inúmeras dificuldades, e com uma população 30 vezes maior que a paraguaia, o Brasil já imunizou com uma dose 14,95% dos seus habitantes.
Com a segunda dose, foram imunizadas 15.677.543 de pessoas, ou 7,4% da população total. Os dados são do levantamento feito pelos maiores veículos de imprensa do Brasil.
Na América do Sul, a vacinação no Paraguai é a que apresenta os piores indicadores entre todos os países, depois da Venezuela, onde só receberam vacinas 0,88% dos habitantes, de acordo com o portal Our World in Data, que acompanha a imunização em todo o mundo.
“NO RITMO DO BRASIL”
Mesmo com as restrições adotadas, incluindo toque de recolher das 20h às 5h nas cidades mais atingidas pela pandemia, o Paraguai ainda vai passar por situações ainda piores, conforme o próprio Ministério de Saúde Pública, noticia o jornal ABC Color.
O diretor de Vigilância de Saúde, Guillermo Sequera, advertiu que em maio os números da pandemia tendem a aumentar, já que em todos os departamentos (equivalentes a estados) do país há um crescimento no registro de casos.
Pelas projeções, as mortes poderão passar a 140 por dia. Nos últimos dias de abril, pela primeira vez houve mais de 100 óbitos diários. O recorde diário foi atingido na quinta-feira, penúltimo dia do mês: 106 mortes.
“O prognóstico não é alentador. Sambamos ao ritmo do Brasil”, comparou Sequera, informando ainda que Assunção e o Departamento Central são o epicentro da pandemia.
PIOR MÊS
E o ritmo do Brasil é dramático. Com 82.266 óbitos, abriu superou o recorde de março, quando a doença matou 66.868 brasileiros.
No dia 29, quinta-feira, o País superou a marca dos 400 mil óbitos. Até o último dia do mês, a soma atingiu 403.781 mortes. Os casos chegaram a 14.659.011. Desse total, cerca de 13 milhões são considerados recuperados.
Num balanço da Agência Brasil, o ranking de estados com mais mortes é liderado por São Paulo (96.191), depois Rio de Janeiro (44.406), Minas Gerais (33.699), Rio Grande do Sul (24.951) e Paraná (22.397).
RANKING
No ranking brasileiro, o Paraná está em 4º lugar em casos e em 5º em número de mortes pela covid-19.
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