Em Ciudad del Este, só há um leito de UTI disponível. “À beira do colapso”, diz médico

Dos 30, 29 estão ocupados. E isso acontece em outras áreas do Paraguai, como Assunção e Central.

Existem 30 leitos de terapia intensiva e 29 estão ocupados nos hospitais de Alto Paraná, cuja capital é Ciudad del Este. E já não há possibilidade de encaminhar pacientes a Assunção, já que a capital paraguaia também não tem leitos sobrando.

“Isso nos preocupa muito”, disse o pneumólogo Carlos Pallarolas, do Hospital Regional de Ciudad del Este, em entrevista ao jornal La Nación. Ele atribui o aumento de casos e internamentos ao relaxamento dos protocolos sanitários nas festas de Natal e Ano Novo, além das festas clandestinas.

O último dado oficial disponível sobre Alto Paraná é que o departamento registrou 90 casos nas 24 horas até sexta-feira, 16. A soma atingiu 9.101 casos, o equivalente a 24,8% do total no Paraguai. É o terceiro em casos, atrás apenas do departamento Central (54.833) e Assunção (29.736), as regiões mais povoadas do país.

No balanço de domingo, 17, o Paraguai registrava 122.160 casos confirmados e 2.505 mortes. Os recuperados chegavam a 97.588.

O ministro de Saúde Pública do Paraguai, Julio Mazzoleni, também considera que o país vive agora o resultado das festas de Natal. “Na próxima semana veremos o resultado das festas de Ano Novo”, afirmou.

Para Pallarolas, “os cuidados são nossa vacina, nestes momentos, e é fundamental respeitar os protocolos”.

Outro temor é com a vinda de paraguaios para veranear no Brasil, onde já existem as novas cepas do coronavírus. O ministro lembrou que está vigente o protocolo de entrada no país, que estabelece a obrigatoriedade de o visitante apresentar um PCR negativo para covid-19 ao ingressar.

No caso de paraguaios e estrangeiros residentes, é permitido que entrem no Paraguai, mas têm que fazer o teste dentro das primeiras 24 horas. O governo estuda a possibilidade de habilitar albergues de 24 horas em Ciudad del Este, enquanto se espera o resultado do teste.

Segundo Mazzoleni, este novo aumento de contágios deve diminuir a partir da segunda quinzena de fevereiro. Mas a demanda por serviços sanitários não deve baixar, já que muitos casos de internamento duram dias ou semanas.

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