Novos recordes de casos diários no Brasil (de segunda pra terça, foram 59.595) e de mortes (1.641 em 24 horas), com o total agora em 10.587.001 casos e 257.361 óbitos, segundo a Agência Brasil.
A situação se agravou no País desde janeiro e provoca agora “o pior cenário em relação às taxas de leitos de UTI covid-19 para adultos em vários estados e capitais”, diz o Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz.
A situação de sobrecarga dos hospitais ocorre simultaneamente a outros indicadores: crescimento de casos e de óbitos, manutenção de níveis altos de incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e alta positividade de testes. É a primeira vez que isso acontece no País desde o início da pandemia.
PARANÁ SOBE NO RANKING
O alerta da Fiocruz serve também para o Paraná, que está em 5º lugar no Brasil em número de casos, com 65.751 (dados de 2 de março), atrás apenas de São Paulo (2.054.867), Minas Gerais (887.080), Bahia (689.454) e Santa Catarina (681.391).
O Paraná subiu também no ranking de mortes. Com o total de 11.776 óbitos pela covid-19, o Paraná foi para o 6º lugar, atrás de São Paulo (60.014), Rio de Janeiro (33.176), Minas Gerais (18.645), Rio Grande do Sul (12.654) e Bahia (12.028).
No Paraná, a média móvel de casos estava ontem, terça, em 3.754 por dia, um aumento de 53,1% na comparação com duas semanas atrás; em mortes, o índice diário, na última semana, foi de 50 óbitos, aumento de 7,6% em relação há 14 dias.
MÉDIA DE MORTES DISPARA EM FOZ
Líder no ranking paranaense, com 9.815 casos a cada 100 mil habitantes (a média do Paraná é 5.659 casos a cada 100 mil) e com 140,2 óbitos a cada 100 mil moradores (a média do Paraná é 102,3 óbitos a cada 100 mil), a regional de Saúde de Foz do Iguaçu está na situação mais preocupante.
Somente em uma semana, entre quarta-feira (24) e terça-feira (2), foram confirmados 1.497 novos casos e 33 mortes pela doença em Foz do Iguaçu.
Em Foz, somente em uma semana, entre quarta-feira (24) e terça-feira (02), foram confirmados 1.497 novos casos e 33 mortes pela doença em Foz do Iguaçu. O número de mortes corresponde, nesses sete dias, a 4,7 óbitos por dia, índice nunca antes atingido desde o início da pandemia.
MAIS RESTRIÇÕES À CIRCULAÇÃO
A nota técnica de alerta do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz informa que “o cenário alarmante representa apenas a ponta do iceberg de um patamar de intensa transmissão no país”.
Diante desse quadro, os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz ressaltam a necessidade de adoção de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais, de acordo com a situação epidemiológica e a capacidade de atendimento de cada região, avaliadas semanalmente a partir de critérios técnicos, como taxas de ocupação de leitos e tendência de elevação no número de casos e óbitos.
A edição chama atenção ainda sobre a atual conjuntura – que combina uma crise sanitária e social simultaneamente –, a qual exige medidas que envolvam o sistema de saúde brasileiro nas áreas de vigilância e atenção à saúde, com o reforço de ações de atenção primária (APS) e vigilância em saúde, além de ações para mitigar os impactos sociais da pandemia, principalmente para os mais vulneráveis.
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