A redução de casos e de mortes, nas últimas semanas. deixa os três países em situação muito parecida.
Na última semana, o Brasil ficou em 6º lugar no mundo, em mortes por covid-19 (3.683 óbitos em sete dias), no ranking que inclui 208 países e territórios.
A Argentina ficou em 15º, com 1.039; e o Paraguai em 50º, com 116 óbitos na semana, conforme o site Worldometers.
Os números absolutos dizem bastante, mas são os proporcionais que dão ideia da real situação de cada país, na comparação com os demais.
PROXIMIDADE
Proporcionalmente, em mortes por milhão de habitantes na última semana, os três países estão em posições bem próximas.
A Argentina em 42º, com 23 óbitos a cada milhão de pessoas que vivem no país; o Brasil em 46º, com 17 mortes por milhão; e o Paraguai em 48º, mas com o mesmo índice do Brasil, de 17 óbitos por milhão de paraguaios.
Por sinal, este é também o índice de Israel, um dos três países que mais aplicaram vacinas na população.
Cuba aparece em 14º, a Rússia em 21º, o México em 22º e os Estados Unidos em 39º lugar, para citar alguns dos mais importantes do ranking, agora em situação pior que a dos três vizinhos.
MORTES E CASOS
A boa notícia, para Brasil e Paraguai, é que as mortes continuam em queda: menos 22% na comparação com a semana anterior, no caso brasileiro; e menos 21% no Paraguai.
Já a Argentina apresentou um aumento de 3%, em relação à semana anterior, mas como é um percentual baixo, pode significar estabilidade.
Quanto aos casos, os três continuam verificando uma redução de semana a semana. Nesta última, a queda foi de 17% no Brasil e no Paraguai; e de 30% na Argentina.
NO ACUMULADO
Se for considerado o total de mortes desde o início da pandemia, o Brasil está em 2º lugar no mundo, com 584.171, até esta terça-feira, 7.
Já em mortes por milhão de habitantes, o País desce para o 9º lugar (2.726).
Com 112.851 óbitos acumulados, a Argentina está em 12º lugar. Proporcionalmente à população, com 2.470 óbitos por milohão, está em 11º, próximo à posição brasileira.
O Paraguai, por sua vez, acumula 16.008 mortes e está em 40º lugar. Uma posição ruim, considerando-se o número de habitantes.
E isso se confirma nas mortes proporcionais à população: com 2.196 óbitos a cada milhão de habitantes, o Paraguai sobe para o 14º lugar no ranking.
Os três países estão em pior situação que Itália, México, Estados Unidos, Reino Unido e Chile, para citar apenas alguns.
Felizmente, nas últimas semanas a situação vem melhorando, como se leu acima.
EM 24 HORAS
Mesmo de forma mais lenta, os casos e mortes continuam aumentando nos três países vizinhos.
Paraguai
O Ministério de Saúde Pública do Paraguai confirmou na terça-feira, 7, a morte de mais cinco pessoas, duas delas com idades de 20 e 39 anos.
Com mais 55 casos registrados, o total no Paraguai subiu para 458.977. E o de mortes para 16.008.
A redução das cifras da pandemia não deixa totalmente tranquilo o Ministério de Saúde Pública do Paraguai, segundo o jornal Última Hora.
As autoridades de saúde consideram que a redução é uma espécie de trégua para que o país se prepare para a chegada de uma terceira onda de covid-19, ainda mais que o índice de vacinação continua baixo.
Segundo o site Our World in Data, apenas 31,7% dos paraguaios receberam uma dose de vacina; e 25,1% estão completamente imunizados, com duas doses ou dose única.
Argentina
Na Argentina, a covid-19 matou 180 pessoas nas 24 horas até terça-feira. E houve mais 4.106 casos. Os totais passaram a 5.211.801 casos e 112.851 óbitos registrados oficialmente, conforme a agência de notícias Télam, do governo argentino.
Our World in Datas informa que 62,3% dos argentinos foram imunizados com uma dose e 36,7% estão totalmente imunizados.
Brasil
O Brasil teve mais 361 mortes em 24 horas, de segunda para terça-feira. Com isso, o total subiu para 584.171, desde o início da pandemia.
Houve também mais 13.645 diagnósticos positivos para a doença, o que aumentou o total para 20.913.578 de pessoas contaminadas desde o início da pandemia, conforme noticia a Agência Brasil.
World In Datas informa que, no Brasil, 65,1 da população já recebeu uma dose de vacina contra a covid-19. E que 31,5% dos brasileiros receberam as duas doses ou dose única.
O PARANÁ NO RANKING
O ranking de mortes por Estado, no Brasil, tem São Paulo em primeiro lugar (146.595 óbitos), seguido de Rio de Janeiro (63.312), Minas Gerais (53.386), Paraná (37.830) e Rio Grande do Sul (34.350), conforme o Ministério da Saúde.
Em casos, o Paraná está em terceiro lugar, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.
DADOS DO PARANÁ
Os números divulgados na terça-feira pela Secretaria de Estado da Saúde são um pouco diferentes dos apresentados pelo Ministério da Saúde.
Segundo a Secretaria, houve mais 1.604 casos confirmados e 34 mortes, mas referentes aos meses ou semanas anteriores e que não representam a notificação das últimas 24 horas.
Os dados acumulados do monitoramento da covid-19 mostram que o Paraná soma 1.463.873 casos confirmados e 37.610 mortos pela doença, como informa a Agência Estadual de Notícias.
O Informe Epidemiológico da Secretaria da Saúde revela uma queda de 56,4% na média móvel de casos, na comparação com duas semanas atrás, e de 59,5% na média móvel de óbitos.
O Estado tem 960 pacientes internados com covid-19, dos quais 539 em enfermaria.
Mas há ainda outros 1.343 pacientes, 684 em leitos UTI e 659 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles são considerados casos suspeitos.
OCUPAÇÃO DE LEITOS
A taxa média de ocupação de leitos de UTI, no Paraná, está em 56%.
A situação é pior no Leste do Estado (que inclui Curitiba), com 63% de ocupação. Depois, vem a região Oeste (onde estão Cascavel e Foz do Iguaçu), com 56%; Norte, com 50%; e Noroeste, com 39%.
No Oeste do Estado, inclusive em Foz, essas taxas já passaram de 100%, há dois meses.
A essa altura, vale comparar a situação do Paraná com a da Argentina, onde casos e mortes caíram, mas ainda preocupam muito.
Por lá, a ocupação de leitos de UTI está em 42,3%, na média do país; e em 43,4% na área metropolitana de Buenos Aires, a mais afetada pela pandemia.
O sistema de saúde argentino, mesmo no pico da pandemia, nunca registrou um índice de ocupação de leitos de UTI superior a 80%, como aconteceu no Paraná (e em todo o Brasil).
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