Aumento de casos gera preocupação, apesar de internamentos e mortes estarem em queda.
Os 109.826 casos de covid-19, nos sete dias até esta terça-feira, 28, geraram alarme no setor de saúde da Argentina.
Em casos, o país subiu para o 10º lugar no ranking mundial, e agora está perto dos países mais atingidos pela nova onda da pandemia. Para comparar, o Brasil está em 26º lugar.
Nesta quarta-feira, 29, por videoconferência, a ministra de Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, está reunida neste momento (desde as 10h) com os secretários de Saúde de todas as províncias.
O encontro do Conselho Federal de Saúde, noticia a Agência Télam, vai definir novas estratégias para conter a pandemia, devido ao aumento “exponencial de casos de contágios, com a circulação das variantes delta e ômicron do coronavírus”.
Nas últimas 24 horas, foram registrados 33.902 novos casos, 67% a mais que no dia anterior, e 20 mortes. O total, desde o início da pandemia, subiu para 5.514.207 casos e 117.085 óbitos.
Na segunda-feira, a ministra já havia proposto uma “mudança de paradigma”, para que a pessoa em contato próximo com um caso confirmado de coronavírus e tenha um sintoma já seja considerada um caso positivo, sem necessidade de fazer um exame.
Carla Vizzotti também pretende que os autotestes para a doença sejam comercializados nas farmácias, como ocorre já há bastante tempo na Europa e nos Estados Unidos (no Brasil o teste de antígeno também pode ser feito em farmácias).
Da reunião, não se deve esperar nenhuma medida mais radical, como lockdown, por exemplo. Apenas mais testagem e um acompanhamento da situação mais de perto.
MENOS MORTES
A ministra de Saúde argentina faz questão de ressaltar que, mesmo com este aumento de casos, a situação é diferente de outras fases da pandemia. O número “muito exponencial de casos (…) não se está traduzindo em internamentos e mortes”.
Ela atribui isso ao alto índice de vacinação, com 72% dos argentinos já imunizados com duas doses.
Há hoje menos de mil pessoas em terapia intensiva e, em números absolutos, a Argentina fechou a semana com 132 mortes, uma pequena queda de 4% em comparação com a semana anterior. No ranking, ficou em 41º lugar.
O Brasil, com 732 óbitos (16% menos que na semana anterior), ficou em 13º lugar.
Mas ambos os países estão com índice exatamente igual, proporcionalmente: 3 mortes por milhão de habitantes, pelos números da semana.
PARAGUAI
O Paraguai também enfrenta um recrudescimento da pandemia. Na semana, registrou 1.031 casos, aumento de 19% em relação à semana anterior.
Mas, em óbitos, teve uma queda de 61% (72 na semana anterior e 28 nesta). Em mortes proporcionais, está um pouquinho pior que Brasil e Argentina: na semana, o índice foi de 4 mortes por milhão de habitantes.
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