Depois de Foz do Iguaçu fechar o pior mês desde o início da pandemia – em março, morreram 237 pessoas -, a situação já começa mal em abril. Embora o número de casos esteja estável há dois dias, houve nas últimas 24 horas o registro de 10 mortes, entre elas a de uma mulher de 33 anos, conforme dados da Vigilância Epidemiológica divulgados nesta quinta-feira, 1º de abril.
Com esses óbitos, Foz teve uma nova alta no índice de letalidade, que é a proporção de mortes em relação ao total de casos confirmados. Agora, o índice é de 2,04%, cada vez mais distante da média da 9ª Regional de Saúde, que engloba mais oito municípios (1,79%), e também da média paranaense (1,97%). A média brasileira é de 2,51% e a mundial é de 2,19%.
As últimas vítimas fatais da doença são quatro mulheres de 33, 61, 66 e 91 anos e seis homens de 49, 52, 60, 71, 73 e 73 anos. Agora, o total desde o início da pandemia é de 652 óbitos.
Este número é superior ao registrado em 77 países, entre eles Jamaica, Angola, Uganda e até Cuba, conforme o painel on line da universidade Johns Hopkins. E Cuba, que soma 424 mortes, tem uma população de 11,33 milhões de habitantes, 44 vezes maior que o número de moradores de Foz do Iguaçu.
NOVOS CASOS
Já a média móvel de casos, depois de vários dias em queda, agora está estável, em 123,29 por dia, nos últimos sete dias. Nas últimas 24 horas, o número foi bem menor que a média – 79 casos.
O total subiu para 31.894 casos da doença no município, dos quais 30.705 são de pessoas já recuperadas.
Foz tem 537 casos ativos. Desses, 372 estão em isolamento domiciliar, com sinais e sintomas leves, e 165 pacientes estão internados.
LEITOS
O índice de ocupação dos leitos de UTI continua elevado, mas baixou para 88% – dos 125 existentes, 110 estão em uso. Diminuiu, também, a ocupação dos leitos de enfermaria – estão em uso 61 dos 89.
Na semana passada, havia menos leitos do que o necessário para atender pacientes com covid. A redução pode ser atribuída às medidas de restrição adotadas em Foz, com dois lockdowns nos últimos finais de semana e horários restritos para circulação.
FOZ E O PARANÁ
Em relação aos casos, Foz segue a tendência do Paraná, onde a média móvel de sete dias até terça-feira, 30, era de 2.923 por dia, uma redução de 40,7% em relação há duas semanas.
Já quanto aos óbitos, Foz não faz o cálculo da média móvel, mas, como a última semana teve uma média de mortes diárias muito alta, a média móvel continua aumentando. No Paraná, estava em 100 por dia, nos sete dias até terça-feira, 30, uma queda de 39,8% na comparação com duas semanas atrás.
A média de ocupação de leitos de UTI adulto e pediátrica, no Paraná, conforme os dados de quarta-feira, 30, mostram também que a situação melhorou.
Na macrorregião Leste, que engloba a região metropolitana de Curitiba, a taxa de ocupação de leitos de UTI estava em 60%; na macrorregião Leste, que inclui Foz e Cascavel, o índice era de 71%; na macrorregião Noroeste, 62%; na macrorregião Norte, 55%. Na média paranaense, a ocupação de UTIs, adulto e pediátrica, ficou em 61%.
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