Benefícios da terapia ocupacional em pessoas com autismo

Tratamento é eficiente no desenvolvimento e refinamento de habilidades motoras, cognitivas, sociais e sensoriais

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), até 2023, o Brasil totalizou cerca de dois milhões de pessoas autistas. O número equivale a 10% da população do país.

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos. O diagnóstico normalmente é feito nos primeiros anos de vida da criança. Alguns sinais clássicos são:

  • ausência da linguagem;
  • dificuldade de interação social;
  • não apresentação de um brincar funcional;
  • apresentação de movimentos estereotipados;
  • desinteresse por algumas atividades;
  • não atendimento quando chamado pelo nome;
  • interesse intenso para um determinado objeto ou assunto (hiperfoco);
  • apresentação de palavras, frases ou movimentos repetitivos;
  • pouco ou nenhum contato visual;
  • apresentação de alterações sensoriais e seletividade alimentar.

Uma particularidade é a saúde mais vulnerável. Pessoas com autismo podem ter doenças associadas, como problemas gastrointestinais, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, e alteração do sono. Dessa forma, é importante manter um acompanhamento médico geral. 

Com foco no desenvolvimento do paciente, a terapia ocupacional é uma grande aliada das pessoas com TEA. A abordagem realiza intervenções que contribuem para o refinamento de habilidades motoras, cognitivas, sociais e sensoriais.

Egresso do curso de Terapia Ocupacional da Faculdade Uniguaçu, Leonardo Bonott fala dos benefícios do tratamento. “A criança melhora a autonomia, passa a ter mais compreensão e execução de comandos, melhora cognitiva, habilidades sociais de comunicação, fala e interação, dentre outras coisas”, explica.

Bonott reforça que o diagnóstico precoce é fundamental para o desenvolvimento da criança: “Nos primeiros sinais, procure um médico neurologista.” Além disso, é necessário que os pais busquem entender sobre o assunto, “aceitar suas condições e diversidades, não privar sua criança das atividades e incentivar sempre seu aprendizado, pois isso torna a vida do seu filho ainda mais valiosa e especial”, finaliza.

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