Para imunizar os grupos prioritários contra a covid-19, a Prefeitura de Foz do Iguaçu está precisando de muito mais doses do que estava previsto. Isso é o que aponta o Plano Municipal de Operacionalização, que teve a sua quarta e mais atual versão divulgada em 4 de fevereiro.
Na comparação entre as estimativas do documento e o número de pessoas que já tomaram a primeira dose da vacina, até sexta-feira (28) o “furo” já é de 16.979 pessoas. Ou seja, na soma dos 13 grupos analisados, a estimativa era de 46.206 pessoas, mas 63.185 já procuraram a rede de saúde para receber a primeira dose da vacina. Isso dá uma diferença de 36,75%.
É importante deixar claro que o problema dos dados não vem afetando a campanha de vacinação, pois os imunizantes chegam ao município independentemente desse controle interno. Essa diferença se dá pela falta de levantamentos atualizados sobre a sua população, grande parte dela sob a responsabilidade do governo federal. Por cortes orçamentários, o Brasil vive um “apagão” de dados e teve o seu último censo demográfico promovido pelo IBGE em 2010. A realização do próximo ainda é uma incógnita.
Entre os grupos prioritários, o que apresenta maior diferença na comparação é o das pessoas com deficiência permanente grave. Na estimativa eram 183 pessoas, mas 582 já foram vacinadas com a primeira dose. O dado foi baseado na Campanha de Vacinação contra a Influenza de 2020 e apresenta uma diferença de 218,03%. Na faixa etária de pessoas com 80 anos ou mais, 3.721 idosos já receberam ao menos uma dose da vacina. A estimativa era de 1.983, uma diferença de 87,64%.
Por outro lado, o mapeamento do município quanto a pessoas com comorbidade apresentava uma diferença de 8,16% negativos até sexta-feira (28): 11.673 pessoas vacinadas, 1.037 a menos que a estimativa. Esse é o único grupo até agora que tem menos imunizados do que o esperado.
Em relação aos trabalhadores da educação, o número de vacinados já é 57,81% maior do que o estimado. Confira o infográfico que produzimos:
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