Aeronaves do Paraná batem recorde de órgãos transportados

Foram 128 voos no ano com a missão essencial de fazer os órgãos chegarem com agilidade para o transplante que salva vidas.

As aeronaves do Governo do Paraná realizaram 128 voos de transporte de órgãos para transplante em 2023. Foi o ano de maior número de operações no estado – até então, a melhor marca tinha sido em 2017, com 123 voos.

LEIA TAMBÉM:
Hospital Municipal fica entre os 5 maiores em captação de órgãos no Paraná
Pessoas idosas já usam caderneta de saúde no Paraná

Nos últimos cinco anos, são 490 operações aéreas transportando órgãos que salvam vidas. A mais recente missão foi nesta semana, quando a Divisão de Transporte Aéreo da Casa Militar conduziu uma equipe médica até Maringá para a captação de órgãos.

O avião retornou para Curitiba com um fígado e um baço, encaminhados a dois hospitais da capital do estado. As operações são geridas pela Casa Militar. A agilidade no deslocamento pelo Paraná é indispensável para garantir que os órgãos cheguem rapidamente.

O tempo é um fator crucial para garantir o sucesso das cirurgias e as chances de vida dos pacientes, ressalta a Agência Estadual de Notícias (AEN). Por outro lado, a demora representa de 5% a 10% dos transplantes fracassados, segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), cita o órgão.

Constatada a morte encefálica do doador, o sistema estadual é acionado e o cronômetro começa a correr. “É um desafio de logística que mobiliza profissionais de saúde e de transporte em tempo recorde”, frisa a AEN.

A mobilização inclui o uso de cinco automóveis da Central de Transplantes de Curitiba e outros 14 veículos das Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), que ficam em Londrina, Maringá e Cascavel. Recentemente, mais seis carros foram entregues para reforçar o serviço no Paraná.

A estrutura para salvar vidas inclui:

  • 700 profissionais envolvidos;
  • transporte aéreo e terrestre;
  • 32 equipes de transplante de órgãos;
  • 29 serviços transplantadores de córneas, três bancos de córneas (Londrina, Maringá e Cascavel) e um banco de multitecidos (córnea, válvulas cardíacas, pele e tecido ósseo) em Curitiba.

Transplante de órgãos

A estrutura coloca o Paraná como referência no transplante de órgãos no Brasil. A ABTO classifica o estado como o de menor taxa de recusa para doação de órgãos no Brasil. Enquanto o índice nacional foi de 43%, o Paraná teve um total de recusa de apenas 25%.

Saiba mais sobre doação de órgãos no site do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná.

Vc lê o H2 diariamente? Assine o portal e ajude a fortalecer o jornalismo!
LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.