Aedes aegypti: 1º levantamento do CCZ no ano aponta alto risco para epidemia de dengue

 Principais criadouros são latas, potes plásticos e vasos de plantas; notificações da doença em Foz superam 4 mil.

Principais criadouros são latas, potes plásticos e vasos de plantas; notificações da doença em Foz superam 4 mil.

Foz do Iguaçu está em situação de alto risco para epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a dengue. Essa é a conclusão do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), a partir do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), o primeiro de 2021, que é realizado a cada dois meses.

O índice de infestação é de 6,73% no município, pela aferição feita de 11 a 18 de janeiro. A cada cem residências vistoriadas pelos agentes de saúde, em sete havia criadouros do mosquito. E de cem armadilhas, perto de 16 continham o vetor da dengue e outras doenças.

Nesse primeiro LIRAa de 2021, foram alcançados 4.847 imóveis, com a leitura de 2.455 armadilhas. Em 326 imóveis, foram capturadas 380 larvas e pupas, das quais 78,9% eram de Aedes aegypti. Em 406 armadilhas, foram encontradas 406 amostras do mosquito na sua forma adulta.

De acordo com a prefeitura, o levantamento serve de norte para o trabalho realizado pelos profissionais do CCZ. “Na semana seguinte do LIRAa, as equipes intensificam as visitas nas áreas mais críticas”, informou a Agência Municipal de Notícias (AMN).

Com base nesse diagnóstico, as equipes de saúde iguaçuense afirmam que 72% dos criadouros estão em latas, potes plásticos e vasos de plantas. São “objetos que podem ser facilmente removidos pelos moradores”, enfatizou a AMN.

Casos e notificações

De acordo com o recente boletim dessa terça-feira, 19, o município registra 4.233 notificações de dengue e 203 casos confirmados da doença. Esses dados correspondem ao chamado ano epidemiológico, que começou em agosto de 2020 e terminará em julho deste ano.

São 16 situações de dengue com sinais de alarme e 14 ocorrências graves, além de duas mortes no período. As regiões Leste e Norte têm a maior incidência de casos, com 53 cada uma. Os diagnósticos são distribuídos, ainda, pelas áreas Sul (41), Oeste (39) e Nordeste (14).

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