Homenagens incluem ex-prefeitos, pioneiros, militares e personalidades da vida pública brasileira, com apenas uma mulher lembrada.
ATUALIZADA em 30/04 para inserção de colaborações dos leitores.
Guilherme Wojciechowski, especial para o H2Foz
Jorge Schimmelpfeng, Xavier da Silva, Edmundo de Barros, Quintino Bocaiuva e JK são nomes familiares aos que trafegam pela área central de Foz do Iguaçu. Mas você sabe quem são os homenageados com os nomes de algumas das principais ruas e avenidas da cidade?
Levantamento feito para o portal H2FOZ aponta que, das quatro praças e 53 vias públicas (contando ruas, avenidas, alamedas, travessas e becos), localizadas nas regiões demarcadas como Centro I, Centro II (próximo à antiga Santa Casa), Maracanã (até a Avenida Paraná) e Boicy, apenas um logradouro homenageia uma mulher: Elsa Britto da Silva, relembrada na rua que passa atrás do Super Muffato Boicy.
Entre os homenageados estão 12 pioneiros e personalidades locais, oito militares, seis personalidades nacionais (incluindo o imperador Dom Pedro II), cinco presidentes (três deles, militares), três prefeitos e três padres, além de menções a estados, cidades, datas, Itaipu e personagens da Lenda das Cataratas.
Outro ponto que chama a atenção em meio aos debates da sociedade atual é que somente uma pessoa reconhecidamente negra, o engenheiro André Rebouças, é lembrado no centro de Foz do Iguaçu.
Um bandeirante (Antônio Raposo) e um jesuíta (Padre Montoya), inimigos em seu tempo, convivem lado a lado em ruas paralelas. Já a esquina entre as ruas Bartolomeu de Gusmão e Santos Dumont promove um encontro lírico entre o “Padre Voador” do século 18 e o aviador do século 20.
Confira, abaixo, breves informações sobre os nomes das vias e praças da área central de Foz do Iguaçu (em ordem alfabética), que podem ser expandidas em consultas a sites, enciclopédias (no caso das personalidades estaduais e nacionais), livros e documentos sobre a história da Terra das Cataratas:
Acre, Alameda
Com menos de 100 metros de extensão, tem perfil residencial e saída apenas para a rua Castelo Branco, na quadra entre a Rui Barbosa e a Xavier da Silva. Homenageia o estado da Região Norte do Brasil.
Alegrete, Beco do
Com saída somente para a rua Belarmino de Mendonça, na quadra entre as ruas Marechal Deodoro e Santos Dumont, faz referência à cidade gaúcha de Alegrete, da qual vieram inúmeros moradores de Foz do Iguaçu.
Almirante Barroso, Rua
Francisco Manuel Barroso da Silva nasceu em Lisboa, em 1804, e veio para o Brasil ainda na infância. Foi o comandante das tropas navais brasileiras na Batalha do Riachuelo, ocorrida durante a guerra contra o Paraguai. Faleceu em 1882, no Uruguai, como um dos militares mais condecorados de sua geração.
Almirante Tamandaré, Praça
Joaquim Marques Lisboa, patrono da Marinha do Brasil, comandou as forças brasileiras em alguns dos principais conflitos na Guerra do Paraguai, como nas batalhas de Curuzú e Curupaiti. Por abrigar a Capitania dos Portos do Rio Paraná, o local também é conhecido como Praça da Marinha.
Amapá, Alameda
Localizada entre a Rua Padre Montoya e a barranca do Rio Paraná, não é asfaltada e tem pouco mais de 50 metros. Homenageia o estado da Região Norte do Brasil.
Antônio Raposo, Rua
Nascido em Portugal, em 1598, Antônio Raposo Tavares veio para o Brasil aos 20 anos e se tornou um dos bandeirantes paulistas. No Paraná, capturou escravos indígenas nas 13 Missões Jesuíticas originais, que foram transferidas para Argentina, Paraguai e Rio Grande do Sul em razão dos constantes ataques.
Araxá, Alameda
Via de acesso à antiga rodoviária, localizada nos fundos do Hotel Foz do Iguaçu, próximo ao 34º Batalhão. Homenageia a cidade mineira de Araxá.
Arinos, Alameda
Também localizada no acesso à antiga rodoviária de Foz do Iguaçu, a alameda homenageia outra cidade mineira, Arinos.
Arquiteto Décio Luís Cardoso, Rua
Projetista de alguns dos prédios mais famosos de Foz do Iguaçu, como o Hotel Internacional, Décio foi secretário municipal e um dos responsáveis pelo planejamento urbano durante a expansão gerada pela construção de Itaipu. Faleceu em 1994, em um acidente na BR-277. Nome oficial da terceira pista da JK.
Barão do Rio Branco, Rua
Considerado uma das figuras mais importantes da história do Brasil, José Maria da Silva Paranhos Júnior é o patrono da diplomacia brasileira. Em 1895, negociou o litígio fronteiriço com a Argentina, retratado na “Questão de Palmas”. Foi ministro das Relações Exteriores entre 1902 e 1912.
Bartolomeu de Gusmão, Rua
Também conhecido como “Padre Voador”, Bartolomeu Lourenço de Gusmão nasceu em Santos, em 1685, e fez carreira em Portugal. Em 1709, protocolou a patente de um balão. Seu grande projeto, porém, era a “Passarola” (foto), barca que faria o homem voar. Faz esquina com a Rua Santos Dumont.
Belarmino de Mendonça, Rua
Belarmino Augusto de Mendonça Lobo foi o escolhido para chefiar a fundação da Colônia Militar do Iguassu, ocorrida em novembro de 1889. Participou, também, do processo de desbravamento do atual Sudoeste do Paraná. Faleceu em 1913, aos 62 anos. No Exército, chegou a subchefe do Estado-Maior.
Benjamin Constant, Rua
Benjamin Constant Botelho de Magalhães foi militar, engenheiro e militante político. Na caserna, participou da Guerra do Paraguai. Na política, foi um dos articuladores da queda da monarquia para a instalação da república, em 1889. Faleceu dois anos mais tarde, no Rio de Janeiro, aos 57 anos.
Brasil, Avenida
Configurada para ser a principal avenida de Foz do Iguaçu, é uma homenagem à pátria. Possui dois mastros ostentando a bandeira nacional. O primeiro está instalado no 34º Batalhão do Exército, enquanto o segundo fica no cruzamento com a Avenida Jorge Schimmelpfeng.
Castelo Branco, Rua
Humberto de Alencar Castelo Branco presidiu o Brasil no período inicial da ditadura, entre os anos de 1964 e 1967. Esteve em Foz do Iguaçu em 1965 para a inauguração da Ponte da Amizade. Em sua presidência, foi assinada a Ata do Iguaçu, precursora do Tratado de Itaipu.
Cristiano Weirich, Travessa
Pioneiro de Foz do Iguaçu, era o responsável pelo Clube Alemão, um dos pontos de encontro da sociedade iguaçuense na década de 1950. A atual travessa, localizada entre a Rua Almirante Barroso e a Avenida Brasil, margeia área que pertenceu à família Weirich.
Dário Nogueira dos Santos, Alameda
Localizada entre os fundos do Cemitério São João Batista e a margem do rio Boicy, homenageia um dos primeiros moradores da alameda, onde ainda vivem alguns de seus familiares. Dário Nogueira dos Santos foi pai de outro nome de rua do entorno, Pedro Joás Aires dos Santos, conforme informação repassada pelo leitor Vinícius dos Santos Rentz.
Dom Pedro II, Rua
A Colônia Militar do Iguassu, que deu origem à cidade, foi fundada por ordem do imperador Dom Pedro II, em um dos últimos atos de seu reinado. Nada mais coerente, portanto, que homenagear o monarca em uma das áreas mais nobres da Foz do Iguaçu pré-Itaipu, nas proximidades do antigo porto.
Duque de Caxias, Rua
Localizada junto à barranca do Rio Paraná, tem apenas meia quadra e abriga a vila residencial da Aeronáutica em Foz do Iguaçu (não confundir com a avenida de mesmo nome). Homenageia Luís Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias), comandante na Guerra do Paraguai e patrono do Exército Brasileiro.
Edmundo de Barros, Rua
Edmundo Francisco Xavier de Barros foi um dos integrantes da comitiva fundadora da Colônia Militar do Iguassu, que deu origem à cidade. Militar, foi diretor interino da colônia entre os anos de 1894 e 1897, período marcado por grandes dificuldades para a fixação dos moradores.
Elsa Britto da Silva, Rua
Antiga Rua 18 de Junho. Homenagem à antiga moradora, esposa de um funcionário da Sanepar, conforme relato do leitor Lindomar Zambrzycki. É a única mulher lembrada com nome de rua na área central da cidade (a Rua Naipi, que homenageia a personagem feminina da Lenda das Cataratas, não conta). Tem duas quadras de extensão, entre a Avenida Paraná e o muro do Country Clube.
Engenheiro Rebouças, Rua
André Pinto Rebouças, engenheiro e inventor brasileiro, negro, foi um dos líderes do abolicionismo, que lutava contra a escravidão. Participou da Guerra do Paraguai, na qual desenvolveu um novo tipo de torpedo. Ao lado do irmão Antônio, projetou a ferrovia que liga Curitiba ao litoral. Faleceu no exílio, em 1898.
Estanislau Zambrzycki, Rua
De origem polonesa, foi um dos pioneiros da cidade de Foz do Iguaçu. Conexão entre as avenidas Jorge Schimmelpfeng e General Meira, a via era conhecida, até o início dos anos 2000, como Rua 24 de Março. O nome original foi escolhido pelo próprio Estanislau, em alusão à data do aniversário do filho, Lindomar.
Getulio Vargas, Praça
Presidente do Brasil por dois períodos (1930-1945 e 1951-1954), Getulio Dornelles Vargas é homenageado na principal praça de Foz do Iguaçu, onde fica a prefeitura. Em seu primeiro governo, foi criado o Parque Nacional do Iguaçu, bem como o primeiro aeroporto da cidade, localizado no atual clube Gresfi.
Goiás, Travessa
Situada entre a Avenida Paraná e a Rua Castelo Branco, no Maracanã, homenageia o estado da Região Centro-Oeste do Brasil.
Itaipu, Alameda
Com pouco mais de 50 metros, é uma das ruas menos conhecidas do centro de Foz do Iguaçu. Sua única conexão é com a Rua Jorge Sanwais, na quadra entre as ruas Naipi e Tarobá. Homenageia a hidrelétrica de Itaipu, cuja construção começou em 1975 e mudou a cara da cidade.
João Palma, Alameda
Localizada entre o rio Boicy e a primeira quadra da Rua Marechal Floriano Peixoto, faz referência a um antigo morador da cidade.
JK, Avenida
Considerado um dos modernizadores do Brasil, Juscelino Kubitschek de Oliveira foi presidente entre 1956 e 1961. Em seu governo, foi iniciada a construção da Ponte da Amizade. Visitou Foz do Iguaçu em 1961 para encontro com o paraguaio Alfredo Stroessner e inauguração simbólica da obra, ainda inacabada.
João Rouver, Rua
Pioneiro de Foz do Iguaçu. Rua que ia da prefeitura ao antigo porto fluvial do Rio Paraná, sendo, portanto, uma das principais vias na época em que pessoas e mercadorias chegavam pelo rio. Não por acaso, o luxuoso Hotel Cassino (atual Senac) foi construído exatamente ali, em frente à Praça Almirante Tamandaré.
Joaquim Firmino, Rua
Tenente do Exército, José Joaquim Firmino dirigiu a expedição prévia à fundação da Colônia Militar do Iguassu, estabelecida em 1889. O levantamento apontou que 324 “não índios” já viviam por aqui, sendo “188 paraguaios, 93 brasileiros, 33 argentinos, cinco franceses, dois uruguaios, dois orientais e um inglês”.
Jorge Sanwais, Rua
Presidiu a Câmara Municipal entre 1920 e 1924 e foi prefeito em três ocasiões (1924-1928, 1930 e 1933-1938). Seu primeiro mandato na prefeitura coincidiu com a chegada dos revolucionários da futura Coluna Prestes. Na ocasião, Sanwais e outras autoridades refugiaram-se em Puerto Aguirre, atual Puerto Iguazú.
Jorge Schimmelpfeng, Avenida
Primeiro prefeito de Foz do Iguaçu, governou entre os anos de 1914 e 1924. Natural de Curitiba, chegou no início do século 20 e foi um dos defensores da criação do município de “Vila Iguassú”, que abarcava todo o Oeste do Paraná. Faleceu em 1929, na capital, para onde voltou em busca de tratamento médico.
Júlio Pasa, Travessa
Pioneiro de Foz do Iguaçu, chegou à cidade em 1918. Assumiu a prefeitura, interinamente, em meio às turbulências da Revolução de 1930. Em 1947, sucedeu a Ayrton Ramos no cargo de prefeito, no qual ficou até 1950. No período em questão, foi implantado o primeiro sistema de eletricidade no município.
Lineu Rosa, Beco
Pioneiro de Foz do Iguaçu. Via de regra, quem trafega pelo centro não percebe a existência do beco, que tem saída apenas para a Rua Engenheiro Rebouças, na quadra entre as avenidas JK e Brasil.
Maranhão, Travessa
Ligação entre as ruas Benjamin Constant e Dom Pedro II, homenageia o estado da Região Nordeste do Brasil.
Marechal Deodoro, Rua
Manuel Deodoro da Fonseca, marechal do Exército, foi o primeiro presidente da república, governando entre 1889 e 1891. Em sua carreira militar, lutou na Guerra do Paraguai, na qual passou de capitão a coronel. Amigo de Dom Pedro II, relutou em assumir o comando das tropas que derrubaram a monarquia.
Marechal Floriano, Rua
Floriano Vieira Peixoto foi o segundo presidente do governo republicano no Brasil. Como militar, participou de algumas das batalhas mais importantes da Guerra do Paraguai, como Tuiuti, Itororó e Lomas Valentinas. Seu mandato presidencial (1891-1894) foi marcado por conflitos como a Revolução Federalista.
Marechal Mallet, Rua
Francês de nascimento, Émile Louis Mallet veio para o Brasil em 1818, aos 17 anos, sendo um dos responsáveis pela reorganização do Exército após a independência em 1822. Já veterano, comandou os canhões da artilharia brasileira durante a Batalha de Tuiuti, na Guerra do Paraguai. Faleceu em 1886.
Mário Lamarque, Beco
Com saída apenas para a Rua Almirante Barroso, na quadra entre a Xavier da Silva e a Rebouças, homenageia o empresário e proprietário do antigo Hotel Lamarque, que ficava na Rua Santos Dumont e foi destruído por um incêndio no final da década de 1960.
Matias Peters, Beco
Pioneiro de Foz do Iguaçu. Localizado entre o muro da Capitania dos Portos e a barranca do Rio Paraná, o beco tem apenas alguns poucos imóveis residenciais.
Miguel Smack, Travessa
Ligação entre a Rua das Missões e a Rua Naipi, homenageia o pioneiro que chegou ao território de Foz do Iguaçu no ano de 1952, procedente do Rio Grande do Sul. Á época, participou do povoamento do que hoje é Santa Terezinha de Itaipu, município onde batiza uma das principais ruas, vizinha à prefeitura local.
Missões, Rua das
Muita gente não sabe, mas a Rua das Missões, mais conhecida por seus trechos na Vila Portes e no Jardim América, tem também um pedaço no centro de Foz do Iguaçu, sendo a última via paralela à barranca do Rio Paraná. Faz alusão às Missões Jesuíticas que existiram entre os séculos 16 e 18.
Nações, Praça das
Nome oficial da “Praça do Mitre”, localizada na Avenida Jorge Schimmelpfeng, entre as ruas Almirante Barroso e Marechal Floriano. Até o final dos anos 1990, a atual praça era cercada pelos muros do Colégio Estadual Bartolomeu Mitre (atual Colégio da Polícia Militar), que homenageava o ex-presidente argentino.
Naipi, Rua
Paralela à Rua Tarobá, homenageia a caingangue Naipi, personagem feminina da Lenda das Cataratas. Conforme a versão mais difundida, Naipi era filha do cacique e estava prometida para o deus M’boi, mas fugiu com Tarobá pelo rio. Revoltado, M’boi afundou o corpo na terra e criou a fenda das Cataratas.
Oscar Muxfeldt, Travessa
Empresário e pioneiro do Oeste do Paraná e Leste do Paraguai. Um de seus empreendimentos, a Colonizadora Tres Fronteras, vendeu terras a agricultores de origem brasileira no departamento paraguaio de Alto Paraná, na década de 1970, em áreas como os atuais municípios de Ñacunday e Santa Rosa del Monday.
Padre Montoya, Rua
Nascido no Peru, em 1585, Antonio Ruiz de Montoya foi um dos fundadores das Missões Jesuíticas, criadas inicialmente no Paraná e transferidas para o Paraguai, Argentina e Rio Grande do Sul. Estudioso da língua guarani, faleceu em 1652. Sua história inspirou o roteiro do filme “A Missão”.
Padre Otto Berwanger, Rua
Anteriormente chamada de Rua Rosa Cirilo de Castro, passou a homenagear, em 1993, o Padre Otto Berwanger, religioso que atuou na Diocese de Foz do Iguaçu. A esposa de José Acylino de Castro, por sua vez, passou a nomear a avenida que faz a ligação entre a Paraná e a Costa e Silva, nas proximidades do Fórum.
Paraná, Avenida
Homenagem ao estado do Paraná e ao rio que forma a fronteira com o Paraguai. Uma das curiosidades é que existe uma passarela subterrânea ligando as duas partes do Country Clube, que foi cortado pelo traçado da avenida. Uma vez inaugurada a Perimetral Leste, deixará de receber o tráfego de caminhões.
Paz, Praça da
Reformada em diversas ocasiões, a atual Praça da Paz, localizada entre as pistas da Avenida JK, nem sempre foi sinônimo de tranquilidade. Durante muitos anos, a extremidade sudoeste abrigou uma delegacia da Polícia Civil, cuja cadeia era um dos lugares mais temidos da cidade.
Pedro Joás Aires dos Santos, Rua
Empresário e contador com longa trajetória na cidade, foi um dos formandos da primeira turma do curso de Ciências Contábeis da então Faculdade de Ciências Sociais e Aplicadas de Foz do Iguaçu (Facisa, atual Unioeste), em 1983. Pouco conhecida, a rua fica nos fundos do Cemitério São João Batista.
Pernambuco, Travessa
Popularmente referida como “Rua do Colégio Castelo Branco”, a Travessa Pernambuco fica ao lado da Paróquia São Paulo Apóstolo, no Maracanã, e homenageia o estado da Região Nordeste do Brasil.
Quatorze de Março, Rua
Faz alusão a 14 de março de 1914, data em que foi sancionada a Lei Estadual nº 1.383, que criou o município de Vila Iguassu. O aniversário da cidade, no entanto, é celebrado em 10 de junho, data da instalação oficial do município, por ocasião da posse do primeiro prefeito e dos primeiros vereadores.
Quintino Bocaiuva, Rua
Jornalista e político fluminense, Quintino Antônio Ferreira de Sousa Bocaiuva foi governador do Rio de Janeiro (1900-1903) e um dos protagonistas da Proclamação da República, tendo exercido o cargo de ministro das Relações Exteriores durante a presidência de Deodoro da Fonseca (1889-1891).
República Argentina, Avenida
Segunda avenida mais importante no traçado original do centro de Foz do Iguaçu, passa em frente ao 34º Batalhão do Exército e faz esquina com a Avenida Brasil. Na primeira metade do século 20, a cidade dependia fortemente do comércio com a Argentina. As relações com o Paraguai ainda eram incipientes.
Rodolfo Sther, Rua
Antiga Rua Roraima, teve seu nome alterado, em 1992, para Rua Rodolfo Sther, em alusão ao pioneiro. Corre paralela ao muro do Country Clube e sua largura permite a passagem de apenas um carro por vez no trecho entre a Rua Elsa Britto da Silva e a Avenida Paraná.
Rui Barbosa, Rua
Nascido em Salvador, em 1849, Ruy Barbosa de Oliveira foi um dos grandes intelectuais de seu tempo, tendo entrado para a história como o “Águia de Haia”, por sua destacada atuação na criação do tribunal internacional localizado na Holanda. Faleceu em 1923, em Petrópolis (RJ).
Rui Ferreira, Alameda
Pioneiro de Foz do Iguaçu, foi um dos formandos da primeira turma do Grupo Escolar Bartolomeu Mitre, instalado no final de 1927, em frente à Igreja São João Batista. A Alameda Rui Ferreira tem saída apenas para a Rua Tarobá. A ligação com a Avenida JK é feita por meio de uma escadaria.
Santos Dumont, Rua
Inventor de destaque internacional, Alberto Santos Dumont esteve em Foz do Iguaçu em 1916 e se encantou com as Cataratas. Foi pessoalmente a Curitiba para pedir a desapropriação da área, que pertencia a um particular. De seu pedido, surgiu o Parque Estadual do Iguassu, antecessor do atual parque.
Sergipe, Travessa
Via de ligação entre a Avenida Paraná e a Rua Venanti Otremba, passa ao lado da Paróquia São Paulo Apóstolo, no Maracanã, e homenageia o estado da Região Nordeste do Brasil.
Tarobá, Rua
Paralela à Rua Naipi, homenageia Tarobá, personagem da Lenda das Cataratas. Conforme a versão mais popular, era um guerreiro que se apaixonou por Naipi, filha do cacique, e tentou impedir que a jovem fosse entregue ao deus M’boi. Tarobá e Naipi morreram na fuga, sugados pelo desfiladeiro criado no rio por M’boi.
Tiradentes, Rua
Homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, executado após a Inconfidência Mineira de 1789 e considerado um dos mártires do processo de independência. Começa na terceira pista da Avenida JK e termina nas proximidades da barranca do Rio Paraná.
Venanti Otremba, Rua
Um dos três filhos do casal Aloiza e Siegfrid Otremba, pioneiros de Foz do Iguaçu, Venanti era patrulheiro rodoviário e faleceu ainda jovem, sendo homenageado com o nome da rua que corre paralela à Avenida Paraná no trecho entre o Country Clube e a Avenida República Argentina.
Vice-Cônsul Eduardo Ramón Bianchi, Travessa
Cidadão honorário de Foz do Iguaçu, o diplomata Eduardo Ramón Bianchi representou o governo argentino na cidade na década de 1940. Seu nome batiza, justamente, a travessa onde está instalada a sede do Consulado da República Argentina, na quadra entre as ruas Benjamin Constant e Dom Pedro II.
Watslaf Nieradka, Rua
Pioneiro de Foz do Iguaçu. Com duas quadras de extensão, a rua fica na chamada Vila Remigio e faz a ligação entre a Avenida Paraná e a Rua Castelo Branco, tendo caráter predominantemente residencial.
Xavier da Silva, Rua
Nascido em 1838, na cidade de Castro, Francisco Xavier da Silva foi governador do Paraná por quatro mandatos e senador, função que ocupou até falecer, no Rio de Janeiro, no ano de 1922. Era conhecido no meio político como “O Monge”, por sua característica de falar pouco e ter hábitos moderados.
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