Essas famílias vivem com renda média per capita de até R$ 105 por mês. Situação se agravou mesmo após o período mais crítico da pandemia.
O número de famílias em situação de extrema pobreza em Foz do Iguaçu – aquelas que vivem com renda per capita de até R$ 105 por mês – cresceu 24,3% entre janeiro e agosto deste ano. Os dados são do Cadastro Único (CadÚnico) da prefeitura, a principal porta de entrada do governo federal para os programas sociais.
De acordo com o levantamento, atualmente 17.383 famílias (o que corresponde a 39.120 pessoas) se encontram nessa situação no município – maior número de toda a série histórica, iniciada em agosto de 2012. Dez anos atrás, 9.140 famílias se enquadravam na faixa mais baixa de renda, pouco mais da metade dos números atuais.
Entre 2020 e 2021, o aumento da extrema pobreza acompanhou a situação mais crítica da pandemia (entre março de 2020 e dezembro de 2021, o salto foi de 71,5%), porém neste ano os números continuaram crescendo, com a adição de 3.405 famílias entre janeiro e agosto.
Na faixa das pessoas em situação de pobreza (com renda per capita mensal entre R$ 105 e R$ 210), notou-se um crescimento de 40,8% no período entre março de 2020 e agosto de 2022.
Somadas as duas faixas (pobreza e extrema pobreza), o número de famílias nessas condições em Foz dobrou desde o início da pandemia, saltando de 11.546, em março de 2020, para as atuais 23.638.
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