Censo 2022 mostra “boom” de condomínios fechados em Foz do Iguaçu

Em 12 anos, a quantidade deles aumentou 345%. Reportagem especial revela as vantagens e desvantagens desse tipo de moradia.

Ao olhar para o alto, é perceptível a quantidade de prédios que foram levantados nos últimos anos em Foz do Iguaçu. Porém, o que mais chamou atenção nos dados do Censo 2022/IBGE foi a expansão dos condomínios fechados.

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Conforme levantamento divulgado recentemente, em 12 anos, o total desse tipo de moradia (classificada no censo como “casa de vila ou condomínio”) aumentou expressivos 345,7%, saltando de 661 para 2.946 unidades. No mesmo período, o crescimento do número de apartamentos foi quase oito vezes menor (43,8%, de 8.691 para 12,5 mil unidades).

A maior parte das moradias dos iguaçuenses continua sendo as casas (84.205), que representam 84% do geral. Na comparação com 2010, o incremento foi de modestos 21,4%. Já em relação à quantidade total de imóveis na Terra das Cataratas, a expansão no período foi de 26,6%, de 79.138 para 100.203 moradias.

Especialistas do setor imobiliário apontam a sensação de segurança, privacidade e infraestrutura que esses locais oferecem como os principais atrativos que justificam a grande procura.

Para Daiane Magali Schek, presidente do Núcleo de Imobiliárias de Foz do Iguaçu (Nimob), o crescimento e o desenvolvimento urbano em Foz do Iguaçu nos últimos anos podem ter criado uma demanda por residências em áreas mais seguras e exclusivas. “A preocupação com a segurança é um fator importante ao escolher um local para morar. Condomínios fechados oferecem sistemas de segurança mais robustos, como controle de acesso e vigilância, o que pode atrair compradores em busca de um ambiente mais seguro para suas famílias”, explica.

“Os imóveis em condomínios fechados tendem a ter uma valorização mais estável ao longo do tempo”, explica Daiane Magali Schek, presidente do Núcleo de Imobiliárias de Foz do Iguaçu (Nimob). Foto: Arquivo Pessoal

Daiane, que atua há dez anos na área, conta que o mercado segue aquecido, com vários condomínios em fase de construção ou pré-lançamento. “Devido à oferta limitada e à demanda por esse tipo de moradia, os imóveis em condomínios fechados tendem a ter uma valorização mais estável ao longo do tempo”, complementa.

O perfil desse tipo de cliente também mudou. “Antigamente, os condomínios fechados eram associados principalmente a um estilo de vida de alto padrão e eram acessíveis apenas para uma parcela mais abastada da população. Hoje em dia existem opções mais acessíveis disponíveis para um público mais amplo”, realça.

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