Segundo o diretor-geral brasileiro de Itaipu, intenção é investir para melhorar a vida dos indígenas e de todos que vivem no entorno.
Integrantes da Coordenação Técnica Regional de Guarapuava da Fundação Nacional do Índio (Funai) participaram, na terça-feira (28), de reuniões de alinhamento na Itaipu Binacional com o objetivo de fortalecer a cooperação entre as duas instituições em ações de apoio às comunidades indígenas formalizadas na área de influência da usina: Tekoha Añetete, Tekoha Itamarã (ambas em Diamante D’Oeste) e Tekoha Ocoy (em São Miguel do Iguaçu). “Tekoha” significa aldeia, em tupi-guarani.
Segundo Mário Victor Farias Chaves, chefe substituto da Coordenação, as reuniões foram produtivas. “Estamos nos aproximando cada vez mais e essa aproximação é muito importante, porque vai fazer com que a gente maximize os esforços e resultados para o bem-estar da comunidade indígena, que é o objetivo principal”, afirmou.
“Queremos continuar apoiando e fazendo investimentos sociais que impactem não apenas na vida dos indígenas, mas também de todos que vivem no entorno”, afirmou o diretor-geral brasileiro da Itaipu, general João Francisco Ferreira, que recentemente visitou a comunidade do Añetete para conhecer pessoalmente os projetos.
“Para nós, essa parceria com a Funai, que é o órgão coordenador e principal executor da política indigenista no país, é fundamental para o alinhamento e a realização das ações de sustentabilidade nas comunidades indígenas em que a Itaipu atua”, disse Silvana Vitorassi, gerente do Departamento de Proteção Ambiental da Itaipu.
Um dos temas abordados no encontro foi a construção de moradias no Añetete e no Itamarã (Diamante D’Oeste), além de outras a serem construídas no Tekoha Ocoy. Está sendo considerada, no orçamento 2022 de Itaipu, a construção de moradias para as comunidades, por meio de um possível convênio entre Itaipu, prefeituras municipais e outros parceiros.
Além de alinhadas entre as instituições, todas as decisões relativas são tomadas juntamente com as lideranças dessas comunidades.
“Como envolvem as comunidades indígenas, esses projetos têm que ser muito bem pensados. E, por envolver duas instituições, uma nacional e uma binacional, há uma preocupação com a transparência, com o bom uso dos recursos públicos”, avaliou Giovani Diego, indigenista especializado e chefe da Coordenação Técnica Local (CTL) de Guaíra.
“Para isso, é necessário primeiro um planejamento e depois a execução correta, daí a importância dessas reuniões.”
Alvaci Jesus Salles Ribeiro, chefe do Serviço de Gestão Ambiental e Territorial (Segat), será o ponto focal da Funai junto à Itaipu. Para ele, esse encontro foi “o primeiro passo que está sendo dado com a atual gestão da Itaipu para alinhamento das ideias, projetos e possíveis convênios. Vai ser de grande valia para as comunidades essa aproximação com a instituição”, disse.
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