Silva e Luna faz coletiva sobre renovação do contrato dos ônibus

Prefeitura pretende manter atual modelo, que custa R$ 30 milhões em subsídio repassado pelos cofres públicos.


O prefeito Joaquim Silva e Luna (PL) convocou a imprensa para entrevista coletiva visando a tratar sobre a renovação do contrato de ônibus em Foz do Iguaçu. Será na manhã desta quinta-feira, 6.

Ao H2FOZ, a prefeitura afirmou que pretende manter o atual modelo baseado no quilômetro rodado. Atualmente, são cerca de R$ 30 milhões por ano em subsídio do erário à Viação Santa Clara.

A administração relatou que, embora haja estudos para ampliar frota e linhas, essa medida não será garantida na renovação do atual contrato. A operadora dispõe de 94 ônibus em circulação.

Ao lado do prefeito, na coletiva, estarão membros do primeiro escalação da prefeitura. “O encontro será uma oportunidade para esclarecer detalhes sobre o futuro da mobilidade urbana na cidade”, pontua a gestão municipal.

Ônibus em Foz

A pedido da reportagem, a prefeitura apresentou o cálculo referente à circulação dos coletivos e o custo, separando o que representa receita com a passagem e o valor transferido pelo poder público à operadora. A conta é a seguinte:

  • aproximadamente 570 mil quilômetros rodados, com o valor médio do serviço de R$ 5,5 milhões;
  • arrecadação média de R$ 2,8 milhões com a comercialização de passagens;
  • R$ 2,7 milhões saem dos cofres públicos para a operadora realizar o serviço, o que corresponde a cerca de R$ 32 milhões em subsídio por ano.

A Viação Santa Clara começou a prestar o serviço em Foz do Iguaçu em 2022, por um ano, e foi realizado novo contrato por dois anos. A gestão de Chico Brasileiro (PSD) alegou não ter tido tempo hábil para realizar a licitação preconizada pelo Tribunal de Contas.

Apesar de manter duas pastas ligadas ao transporte, Foztrans e Secretaria de Mobilidade, a gestão de Silva e Luna também não realizará a licitação neste momento. A administração cita que contratou uma assessoria que irá delinear, futuramente, a concorrência para o serviço.

Contratos de curto prazo, dizem especialistas, aumentam o custo da operação do transporte coletivo.

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