Protesto contra Bolsonaro em Foz cobra mais vacinas

A manifestação foi na Praça da Paz, acompanhando a agenda que ocorreu em várias cidades do país.

A manifestação foi na Praça da Paz, acompanhando a agenda que ocorreu em várias cidades do país.

Em Foz do Iguaçu teve edição do segundo ato nacional contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na tarde desse sábado, 19. Organizado por entidades sociais, sindicais e estudantis, o ato público foi na Praça da Paz. O protesto anterior ocorreu no último dia 30 de maio.

Os participantes da manifestação acusaram Bolsonaro de ser o principal responsável pelas mortes por covid-19 no país, que ultrapassaram 500 mil. Para eles, o governo federal deixou de comprar vacinas no momento adequado, incentiva as pessoas a não utilizarem máscaras e propaga medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença.

Em cartazes, faixas e falas durante o protesto, as cobranças principais foram por agilidade na vacinação contra o novo coronavírus e aumento do valor do Auxílio Emergencial enquanto durar a pandemia. Cortes no orçamento da educação, reforma administrativa e privatização dos Correios também foram alvo de críticas.

Estudante universitária Kariny Wermouth afirmou que o objetivo dos movimentos é retirar Jair Bolsonaro do governo, porém que o país precisa de mudanças estruturais. “Estamos nas ruas com a tarefa de derrotar Bolsonaro, mas lembramos ser necessária uma transformação da sociedade pela dignidade humana”, disse.

Bolsonaro foi acusado de ser o principal responsável pelas mortes por covid-19 no país – Foto: Marcos Labanca

O protesto em Foz do Iguaçu foi organizado por um conjunto de entidades participantes da Unidade Sindical e Popular. A atividade estava prevista para acontecer pela manhã, mas foi transferida para a tarde por causa da chuva. No Paraná, as manifestações também ocorreram em cidades como Cascavel, Londrina, Maringá e na capital, Curitiba.

900 dias de governo

Durante os protestos contra o governo federal, a Casa Civil divulgou um balanço dos 900 dias com Jair Bolsonaro à frente da Presidência da República. A nota enfatizou as ações de combate à pandemia, sem citar o número de mortes por covid-19, contudo incluindo o Auxílio Emergencial destinado à população.

Segundo o governo, 110 milhões de doses de vacinas foram enviadas a todos os estados, “o que coloca o país em quarto lugar no ranking mundial de países que mais aplicam vacinas contra a covid-19”, diz o documento. De acordo com a Casa Civil, “até o fim do ano, todos os brasileiros, que assim o desejarem, serão vacinados”.

O órgão afirmou que a administração federal autorizou mais de 24 mil leitos de UTIs e outros 3.900 de suporte ventilatório pulmonar. Foram distribuídos, conforme a Casa Civil, 3,6 milhões de unidades de medicamentos de intubação orotraqueal, e foi zerada a tarifa de importação sobre itens essenciais ao combate à covid-19, lista que contém 628 itens, entre medicamentos e vacinas.

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