A prefeitura modificou um dos itens do decreto que reajustou o Estacionamento Rotativo (Estarfi), fixando o preço único de R$ 20 para regularização. Porém, a elevação de 100% do custo do serviço determinada pelo prefeito Chico Brasileiro (PSD) continua em vigor.
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O aumento foi recebido com críticas de usuários e comerciantes, principalmente da Avenida Brasil e da Vila Portes, que pedem a sua suspensão. Sem aviso prévio, o custo da hora dobrou de valor, passando de R$ 1,50 para R$ 3, e a regularização foi de R$ 10 para R$ 20.
Vereadores consideraram “abusiva” a majoração dos preços, decidindo apresentar projeto para revertê-la. O recuo parcial da gestão municipal foi considerado insuficiente pelos autores da proposta, que segue em tramitação.
Pedem a reversão do reajuste do Estarfi o presidente do Legislativo, João Morales (União Brasil), e os vereadores Galhardo (Republicanos), Cabo Cassol (Podemos) e Márcio Rosa (PSD). À espera de parecer de uma comissão, não há previsão para votação.
Aumento questionado
Dirigentes empresariais e representantes dos núcleos comerciais da Avenida Brasil e da Vila Portes foram à Câmara de Vereadores, nesta semana, pedir a suspensão do reajuste do estacionamento rotativo. A classe cobra do poder público soluções para a rotatividade das vagas.
“Esse aumento é arrecadatório”, asseverou o presidente da ACIFI, Danilo Vendruscolo. “Além de não ser justo sobretaxar a população e os comerciantes, isso desestimula o movimento nas importantes áreas do centro, Vila Portes e Vila A”, explanou aos vereadores.
Do Núcleo da Avenida Brasil, o empresário Gildo Freitas da Fonseca resgatou os pedidos à prefeitura por uma solução para que o Estarfi seja efetivamente rotativo. “Sequer tivemos acesso a estudos sobre o reajuste que foi instituído. A nossa necessidade, como comerciantes, é que os órgãos municipais garantam a rotatividade”, declarou.
O que diz a prefeitura
A administração justifica o aumento como medida para ampliar a “rotatividade de veículos nas vagas”, o que não foi constatado pelos comerciantes e usuários até o momento. Além disso, 40% do valor arrecadado será destinado ao transporte coletivo.
Depois que tramitou na Câmara de Vereadores o projeto para suspender o reajuste do Estarfi, o prefeito apresentou projeto vinculando o aumento do serviço à concessão de passe livre para estudantes. Isso porque é necessário efetivar uma fonte de despesa para cobrir os novos valores.
Além disso, o objetivo do aumento do Estarfi seria corrigir a desvalorização da tarifa. O último reajuste foi em 2017, resultando em defasagem, alega a governança iguaçuense.
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