A Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão em Foz do Iguaçu, expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), contra uma pessoa acusada de participar de bloqueios de vias públicas para atos considerados antidemocráticos pela instituição. A ação foi realizada na manhã desta quinta-feira, 15.
A ordem do ministro Alexandre de Mores faz parte do conjunto de 81 mandados de busca e apreensão em sete estados e no Distrito Federal, pelo mesmo motivo. Também foram autorizados bloqueios de contas e quebras do sigilo bancário dos investigados, que não tiveram os nomes revelados.
Em Foz do Iguaçu, “não houve prisão nem encaminhamento de qualquer pessoa para prestar esclarecimentos”, reportou a comunicação da PF. Após o resultado da eleição presidencial de outubro, foram realizados bloqueios da BR-277 e das avenidas República Argentina e Brasil, na região central, que permaneceram interrompidas para o tráfego de 2 a 11 de novembro.
Além do Paraná, as medidas estão sendo cumpridas nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, bem como na capital federal, abrangendo pessoas físicas e jurídicas. A Agência Brasil informou que outros 23 mandados estão em cumprimento por um segundo delegado no estado do Espírito Santo.
Entidade cobra segurança
Na frente do batalhão do Exército, no centro, manifestantes contrários ao resultado das urnas seguem pedindo intervenção militar, utilizando as calçadas. Em nota, o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP) solicitou providências a autoridades públicas para “coibir as agressões que vêm sofrendo os cidadãos iguaçuenses e turistas que transitam pelo trecho da Avenida República Argentina”.
O pedido é endereçado ao prefeito Chico Brasileiro e ao comando a Polícia Militar. Diz a entidade que recebeu denúncias de pessoas que foram vítimas de agressões, entre elas Ryan Siqueira Moraes, Rute Pereira, Tânia Marques e Lilian Viridiane da Silva. As agressões seriam contra quem passa “pelo local para acessar o comércio das imediações ou a Avenida JK, onde está localizado o Terminal de Transporte Urbano”, encerra a nota do Centro de Direitos Humanos.
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