Passaporte vacinal em Foz: Câmara marca data da audiência pública

Plenário terá ocupação de até 30%, por medida sanitária, e haverá transmissão ao vivo; para uso da palavra, há necessidade de inscrição prévia.

Plenário terá ocupação de até 30%, por medida sanitária, e haverá transmissão ao vivo; para uso da palavra, há necessidade de inscrição prévia.

Em publicação no Diário Oficial do Município, a Câmara de Vereadores marcou para 7 de março, às 9h, a audiência pública para debater o passaporte vacinal em Foz do Iguaçu. O encontro será no plenário do Legislativo.

Leia também: Prefeito anuncia exigência do comprovante de vacinação nos serviços públicos e eventos

Pessoas interessadas em utilizar a palavra deverão fazer a inscrição até as 9h do dia 15, pelo link t.ly/xGLj. A audiência pública foi proposta pelos vereadores Valdir de Souza “Maninho” (PSC) e Ney Patrício (PSD).

Devido ao aumento do número de casos de covid-19, a ocupação do plenário será restrita a 30% de sua capacidade. Segundo o Legislativo, haverá transmissão ao vivo nos chats do e-Democracia, Facebook e YouTube.

Para quem pretende participar presencialmente, a orientação é chegar “com 30 minutos de antecedência para garantir seu lugar”, frisa a convocação. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (45) 3521-8158, das 8h às 14h, ou pelo e-mail imprensacmfi2@gmail.com.

A exigência do comprovante para confirmar a vacinação contra a covid-19 foi instituída pelo prefeito Chico Brasileiro (PSD) como medida de reforço na prevenção e incentivo à imunização. A decisão foi tomada na semana passada.

Desde sábado, 22, os organizadores dos eventos realizados na cidade devem exigir a apresentação do comprovante de vacinação das pessoas presentes. A partir de segunda-feira, 24, a certificação vem sendo exigida para o atendimento nos prédios públicos da administração municipal.

“São exigências necessárias para este momento, em que ainda vemos pessoas sem a conscientização sobre a importância da proteção”, disse o prefeito Chico Brasileiro ao anunciar o propósito. “Trabalhamos em um formato integrado e alinhando as informações que recebemos das nossas equipes técnicas”, frisou.

Divididos

A adoção do passaporte vacinal, defendida e sugerida por instituições sanitárias, criou uma cisão dentro do próprio governo, entre “figurões” do PSD, o partido que está à frente da administração.

Vice-prefeito, o delegado Francisco Sampaio se posicionou contra. “Ao meu ver, só trouxe a possibilidade de constrangimentos diversos”, escreveu em suas redes, além de gravar um vídeo e expor sua opinião contrária ao passaporte em reuniões públicas. “E a repercussão de sua exigência tem o inegável potencial para provocar mais perdas e danos à economia turística local”, avaliou.

O presidente da Câmara, vereador Ney Patrício, também exprimiu ideia contra a obrigatoriedade de apresentação do comprovante vacinal. Líder do prefeito Chico Brasileiro na Casa, Kalito Stoeckl (PSD) recorreu à “garantia dos direitos constitucionais” para justificar projeto em trâmite que proíbe o passaporte sanitário.

Foz do Iguaçu enfrenta uma onda de novos casos diários de covid-19, devendo ultrapassar, nesta quarta-feira, 26, 15 mil infecções apenas em janeiro. No mês, ocorreram 14 óbitos atribuídos à covid-19.

Enquanto a variante ômicron do coronavírus, apontada como sendo de alta transmissibilidade, alastrava-se pelo mundo no final do ano passado, Foz do Iguaçu vivia um verdadeiro frenesi, com festas e eventos públicos. Pouco antes, autoridades da saúde chegaram a especular o possível fim da obrigatoriedade do uso de máscara, o que não se confirmou sob avaliação técnica.

Ainda que quase 20 mil pessoas não tivessem voltado para tomar a segunda dose do imunizante contra a covid-19, até dezembro do ano passado, a estratégia de vacinação não foi incrementada com novas medidas.

Convocação da audiência pública foi publicada no Diário Oficial do Município – Foto: Reprodução
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