A investigação será sobre contrabando e lavagem de dinheiro, depois de denúncias do ministro Arnaldo Giuzzio.
O ex-presidente Horacio Cartes, dono da maior fábrica de cigarros do Paraguai, será investigado pelo Ministério Público por contrabando e lavagem de dinheiro, com base nas denúncias apresentadas pelo ministro do Interior, Arnaldo Giuzzio, à Comissão Permanente do Congresso Nacional.
A decisão do Ministério Público é divulgada depois de uma análise técnica e da ameaça de um juízo político contra a promotora geral, Sandra Quiñónez. Os promotores designados para a causa são Liliana Alcaraz e Osmar Legal, informa o jornal Última Hora.
Deputados de oposição confirmaram que está sendo analisado um juízo político contra Quiñones por suposta parcialidade em favor de políticos vinculados a Cartes. Foi o ex-presidente que a colocou no cargo.
A Comissão Bicameral de Investigação sobre Darío Messer, o “irmão de alma” de Cartes, já havia encontrado fortes vínculos de um esquema criminoso entre os dois. Nas operações ilegais, eram citados também o ex-ministro da Fazenda Santiago Peña e o pai dele, José María Peña, ex-presidente da Bolsa de Valores.
No entanto, apesar dos resultados das investigações, alguns integrantes da Comissão Bilateral, como o senador Jorge Querey, se queixaram que não houve avanço por parte da Promotoria Geral, como destaca o Última Hora.
Para o Congresso, em sessão na sexta-feira, 5, o ministro Arnaldo Giuzzio revelou como é o movimento de dinheiro das empresas de Horacio Cartes, a venda e a rota de contrabando dos cigarros e até deixou entrever uma possível ligação com grupos criminosos (como o PCC) para a passagem dos produtos de sua fábrica ao Brasil, Colômbia e México.
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