Cidade poderá ganhar um cassino e aumentar arrecadação, defende o deputado que tem base eleitoral em Foz do Iguaçu; pauta é polêmica.
O deputado Vermelho (PSD) informa que o projeto que trata da legalização dos jogos no Brasil poderá ser votado na Câmara Federal no próximo mês de fevereiro. Com base eleitoral em Foz do Iguaçu, o parlamentar afirma que a cidade poderá ganhar um cassino e aumentar a arrecadação.
O Congresso Nacional inicia o ano letivo em duas semanas. Por esse ano eleitoral, as articulações em torno de proposições que tramitaram no início dos trabalhos são constantes entre os deputados federais, líderes de bancadas e partidos políticos.
A proposta visa a tornar legal todas as modalidades de jogos, como cassinos integrados em resorts, cassinos urbanos, turísticos, jogo do bicho, apostas esportivas, bingos, jogos de habilidade e corridas de cavalos. As licenças serão concedidas por leilões, sendo prevista a fiscalização das atividades.
“Nós temos grande interesse em debater e aprovar esse projeto porque Foz do Iguaçu será muito beneficiada”, defende Vermelho. Para ele, a cidade “precisa ser contemplada com um cassino, de forma a garantir a permanência de visitantes por um período maior”, completa.
Na argumentação do parlamentar, hoje, devido à proibição dos jogos no país, muitos turistas vão apostar nos países onde a atividade é liberada, como Paraguai, Uruguai e Argentina, elenca. Em dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência para o texto, dando-lhe prioridade na tramitação.
De acordo com o deputado Vermelho, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), são favoráveis ao projeto. Há resistência de deputados da bancada evangélica. Em recente entrevista de rádio, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a liberação dos jogos “não é bem-vinda”.
A liberação dos jogos no país é um tema polêmico. Os críticos da ideia relacionam a prática com crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção e sonegação, e entendem que a legalização significa abrir a porta para o imprevisível. Também não acreditam que a autorização para os jogos fomentará a economia, mas beneficiará alguns grupos econômicos.
(Com informações da assessoria)
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