Guarda municipal Marcelo Arruda foi defensor das causas coletivas e cidadãs em Foz

O servidor público foi assassinado quando comemorava o aniversário de 50 anos, por bolsonarista que invadiu a festa particular.

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O servidor público foi assassinado quando comemorava o aniversário de 50 anos, por bolsonarista que invadiu a festa particular.

O sepultamento do guarda municipal Marcelo Arruda foi marcado por comoção, indignação com a violência e depoimentos que registram a sua atuação à frente de causas coletivas. A despedida ocorreu na tarde dessa segunda-feira, 11, no Cemitério Jardim São Paulo, em Foz do Iguaçu. Antes, houve cortejo pelas principais vias da cidade.

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Familiares, amigos, colegas de trabalho e integrantes de entidades exaltaram o aspecto humano, profissional e cidadão. O servidor público foi assassinado quando comemorava o aniversário de 50 anos, por agente da segurança pública bolsonarista que invadiu a festa particular, decorada com temas alusivos ao Partido dos Trabalhadores (PT) e a Lula.

Profissional exemplar, que exercia a função com zelo e dedicação, Marcelo Arruda estimulava os colegas a reivindicar seus direitos, descreveu uma colega de trabalho durante a cerimônia. Ela destacou uma das conquistas recentes na carreira dos guardas municipais iguaçuenses, para a qual o servidor se dedicou.

A medida refere-se a projeto aprovado na Câmara de Vereadores, instituindo os níveis I, II e III para guardas de primeira classe, o que possibilita o avanço profissional. Trata-se de uma das muitas e antigas pautas da corporação, que tinha Marcelo à frente das mobilizações como diretor do Sindicato dos Servidores Municipais (Sismufi).

Igualmente recente é o reajuste obtido pelo funcionalismo público iguaçuense. Marcelo Arruda tomou parte das mesas de negociação com a administração municipal, assembleias e atos públicos como o que foi realizado durante o desfile de aniversário de 108 anos de Foz do Iguaçu, no dia 10 de junho.

Defensor da Guarda Municipal

Tendo ingressado por concurso público, na primeira turma da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu, há três décadas, Marcelo Arruda era um defensor da corporação como peça-chave do sistema de segurança pública. Por isso, denunciava e cobrava melhorias nas condições de trabalho dos agentes municipais.

Em fevereiro deste ano, quando um procurador do município aventou fechamento da instituição, durante uma entrevista, Marcelo Arruda contestou as declarações, defendendo a importância da instituição. “As raízes que a Guarda Municipal colocou no município são muito grandes, ela é uma referência para todo o Brasil”, disse, ao ser entrevistado no programa Marco Zero.

Assista à entrevista completa:

Agente político

Filiado ao Partido dos Trabalhadores, Marcelo Arruda integrava o diretório municipal da legenda, respondendo pelo cargo de tesoureiro. Atuou em campanhas nacionais e estaduais do partido e, nas eleições de 2020, concorreu como candidato a vice-prefeito.

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1 comentário
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