GAECO vai acompanhar investigações da morte de Marcelo Arruda em Foz

Polícia quer saber por que Jorge Guaranho foi ao local onde Arruda comemorava o aniversário com uma festa temática em alusão ao ex-presidente Lula.

Polícia quer saber por que Jorge Guaranho foi ao local onde Arruda comemorava o aniversário com uma festa temática em alusão ao ex-presidente Lula.

O promotor e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Foz do Iguaçu, Tiago Lisboa Mendonça, entrou nas investigações do crime que resultou na morte do guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda. A determinação partiu do procurador-geral de justiça, Gilberto Giacoia.

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Conforme Lisboa, o GAECO vai acompanhar as investigações que continuam sendo realizadas pela Polícia Civil. No final da manhã, após o encerramento da coletiva, surgiu a informação de que o comando dos trabalhos estará a cargo da delegada divisional Camila Cecconello. A delegada Iane Cardoso, então responsável, continuará como parte da força-tarefa.

O GAECO vai acompanhar as oitivas, depoimentos e perícias. Para o promotor, a opção político-partidária da delegada Iane Cardoso, que fez as primeiras apurações, não interfere no caso. Antes das eleições presidenciais, a delegada teria criticado o Partido dos Trabalhadores (PT) nas redes sociais.  

Lisboa disse que a polícia ainda não conseguiu apurar o motivo pelo qual o agente penitenciário federal Jorge José da Rocha Guaranho, responsável pelos disparos, foi ao local. Sabe-se que ele exercia um cargo em uma associação cuja sede seria nas proximidades do lugar onde estava ocorrendo a festa, a Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (ARESFI).

(Nota: em contato com a ARESFI, o H2FOZ confirmou que Guaranho era secretário na entidade, mas que não estava exercendo o cargo)

Segundo a polícia, existia um hábito de integrantes da diretoria da associação fazerem ronda nas proximidades. “A delegada está apurando se ele exercia o cargo e tinha a incumbência de fazer a ronda e se na ronda incluía a tarefa de ir ao local específico.” Jorge trabalha na Penitenciária Federal de Catanduvas, região de Cascavel.

A polícia também quer descobrir se o autor dos disparos sabia que estava sendo realizado um evento com a temática do Partido dos Trabalhadores. Marcelo foi assassinado no dia da festa de aniversário de 50 anos. Ele deixa a esposa, Pamela Suelen, e quatro filhos. Atuou na Guarda Municipal por 28 anos.

Jorge Guaranho continua internado no Hospital Municipal em estado grave. Conforme Lisboa, a informação que chegou até ele ontem é de que Guaranho estava na enfermaria aguardando vaga na UTI. O agente penitenciário já teve a prisão preventiva decretada e continua sob a escolta da Polícia Militar.

A polícia também vai investigar se as agressões feitas a Guaranho, atingido por chutes, conforme mostram imagens de câmeras de segurança, influenciaram no seu estado de saúde. Ele foi atingido por um disparo na cabeça.

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