A Câmara de Vereadores solicitou à administração municipal a cedência do prédio público que está abandonado e sendo depredado. O imóvel fica na Praça Getúlio Vargas, no centro, na frente da sede da gestão, onde está abrigado o gabinete do prefeito Chico Brasileiro (PSD).
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No documento, o presidente da Casa de Leis, João Morales (União Brasil), afirmou que o uso do equipamento possibilitará redução em aluguel. O imóvel já abrigou atividades da vereança iguaçuense por quase 30 anos.
Além da sede, na Travessa Oscar Muxfeldt, os vereadores vinham utilizando dois andares de um prédio alugado na Rua Quintino Bocaiuva. Os gastos totais eram de R$ 500 mil por ano, informou a Câmara.
“Com o propósito de reduzir custos e otimizar os espaços, um andar já foi entregue”, ressaltou a Casa de Leis. Caso a resposta de Chico Brasileiro seja favorável à cessão, a “Câmara entregará mais um andar do anexo e assim economizará com aluguéis”, completou.
Conforme João Morales, o Legislativo pretende para ampliar o prédio atual e desocupar o outro andar do chamado anexo. “Vendo como está abandonado esse prédio, vimos uma alternativa para transferir alguns setores e assim zerar as despesas com aluguel”, disse.
Para o dirigente da Casa de Leis, não faz sentido a prefeitura manter um espaço desocupado, o qual está sendo depredado, e a Câmara pagar aluguel. “Precisamos otimizar aquilo que nós temos dentro do município, que é o espaço público, e dar utilidade.”
“É importante a utilização para evitar essa depredação, preservar o patrimônio e trazer economia para os cofres públicos”, prosseguiu João Morales. Ocupar o imóvel que já foi a sede legislativa, construído em 1972, também representaria um resgate histórico.
“Referida cessão se justifica também devido ao fato do imóvel estar desocupado, e de que a sua utilização e melhoria evitaria futuras depredações por vândalos”, reforça o texto do ofício. A solução ainda evitaria o “desgaste pelo desuso e intempéries do tempo”, completa.
Prédio depredado
A Câmara também requereu informações do prefeito sobre as últimas utilizações e questionou o abandono e a deterioração do prédio público. A petição, aprovada em plenária por unanimidade, é de autoria do vereador Admilson Galhardo (Republicanos).
A contestação ao gestor afirma “não terem sido tomadas medidas preventivas relacionadas a segurança do prédio, como a presença de guardas municipais ou vigilantes”, diz o texto. Nem foram fechados os acessos ou cercado o espaço, cobra o vereador.
“Devido a inoperância do Poder Executivo, virou abrigo para andarilhos e usuários de drogas”, expõe justificativa assinada por Admilson Galhardo. O edil reivindica uma “finalidade adequada e condizente com o que se espera de um espaço com tais características históricas.”
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