Câmara abre Comissão Processante para apurar denúncias contra Galhardo

Acusações são de praticar “rachadinha” e manter “assessora fantasma”, o que é negado pelo vereador; veja quem integra a comissão.

Por unanimidade, a Câmara de Vereadores aprovou a admissibilidade de representação contra o vereador Admilson Galhardo (Republicanos) e instalou Comissão Processante (CP) com a função de apurar as denúncias. Foram 14 votos a favor, inclusive o do edil denunciado.

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Os denunciantes apontam a prática de “rachadinha”, que consiste na retenção de parte de salário de ex-assessor. Sustentam, ainda, que Galhardo teria trocado uma assessoria parlamentar por apoio financeiro na campanha de 2020, resultando na manutenção de “funcionária fantasma”.

Galhardo nega a denúncia e diz ser vítima de disputa política e eleitoral, afirmando estar tranquilo em relação à apuração. “Essas denúncias não procedem. Isso aconteceu [denúncias] quando saiu meu nome com pré-candidato e agora também”, declarou o vereador.

Comissão

Na sessão legislativa, após a aprovação da admissibilidade da denúncia, a mesa diretora realizou o sorteio dos vereadores para integrar a Comissão Processante. Os bilhetes com o nome dos escolhidos foram retirados aleatóriamente por três profissionais da imprensa, os quais se voluntariaram.

A comissão foi formada por Edivaldo Alcântara (PTB), presidente; Anice Gazzaoui (PL), relatora; e João Morales (União Brasil), membro. O presidente da Casa de Leis, Ney Patrício (PSD), e Galhardo não foram inseridos no sorteio, como é regimental.

Segundo a Câmara, a CP terá prazo de 5 dias para notificar o vereador, que terá 10 dias para apresentar defesa prévia por escrito. “Decorrido o prazo, a comissão emitirá parecer dentro de cinco dias opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia. Os trabalhos da comissão têm prazo de 90 dias para finalização”, detalha a assessoria do Legislativo.

Autores

A denúncia contra Admilson Galhardo é assinada pelo gerente de marketing Felipe Gabriel Menger Alves, o ex-assessor do vereador e o jornalista Edenilson Alves de Queiroz Júnior. No pedido formulado à Câmara, os autores são representados pelos advogados Maiksuell Lima da Silva e Lougan Cardoso.