Ato na Praça da Paz lembra 1 ano da morte de Marcelo Arruda

Familiares e amigos reuniram-se para pedir paz, justiça e homenagear o servidor público.

Familiares e amigos do servidor público Marcelo Arruda reuniram-se na manhã de hoje na Praça da Paz, em Foz do Iguaçu, para um ato de paz e justiça. A data marca um ano da morte de Arruda, assassinato na própria festa de aniversário pelo policial penal Jorge Guaranho, quando completava 50 anos.

Durante a homenagem ao guarda municipal, pai de quatro filhos e militante do PT, a família lembrou do importante papel que ele exercia na sociedade na busca de direitos e igualdade social, conduta marcante na personalidade de Arruda.

SAIBA MAIS
Há um ano, Marcelo Arruda era vítima da política contaminada pelo ódio

Filho mais velho de Arruda, Leonardo Miranda, 28 anos, diz que as pessoas sentem falta do pai e a família está aprendendo a conviver sem ele. “Era uma pessoa que sempre estava sorrindo, ajudando o próximo. Hoje vamos lembrar dele e das coisas boas”, diz.

Ele diz que o ato é importante para que episódios como esse, caracterizado como crime de ódio político, não ocorra mais.

Pamela Silva, viúva de Marcelo: participantes pintaram a mão de vermelho para simbolizar que coração ainda sangra. Foto Marcos Labanca


Viúva de Arruda, Pamela Silva, diz que o ato é um clamor para paz e justiça. Ela espera a condenação do autor do crime. “Nós queremos justiça. É um consolo e ameniza a falta dele”, salienta.

Faixas e uma exposição de fotos de Arruda marcaram o ato de paz e justiça. Em uma das faixas, os participantes deixaram marcas com mãos vermelhas, simbolizando que estavam com o coração sangrando.

Júri

O processo relativo ao crime tramita na justiça e o próximo passo é a realização do júri popular. A família tem expectativa que o julgamento do policial penal Jorge Guaranho ocorra ainda este ano.
Guaranho está preso desde agosto do ano passado no Complexo Médico Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

Mural com fotos lembrou trajetória de Marcelo. – Foto Marcos Labanca/H2FOZ



No dia do crime, ele entrou de carro com a mulher e o filho de colo na sede da Associação Recreativa e Esportiva da Segurança Física (Aresf), onde a festa de aniversário com a temática do PT era realizada.

Ele deixou o local, porém momentos depois voltou com arma em punho, atirando. Na ocasião, ouvia-se do carro de Guaranho uma música relativa à campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O crime, ocorrido praticamente às vésperas da eleição presidencial do ano passado, teve repercussão internacional e foi bastante noticiado por jornais brasileiros e do exterior.

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