Com manifestação e ameaça de greve, prefeito Chico Brasileiro comprometeu-se com o crédito na folha de pagamento em janeiro.
Projeto que concede R$ 1,8 mil a cada educador da rede municipal de ensino em Foz do Iguaçu terá prioridade na análise, afirmou a mesa diretora da Câmara de Vereadores. Sobre o trâmite, parlamentares reuniram-se nessa sexta-feira, 14, com dirigentes do Sinprefi, sindicato da categoria.
Entenda a pauta: Em dia de mobilização, educadores do município obtêm abono no salário em janeiro
De autoria do Poder Executivo, o projeto é resultado da negociação que pôs fim ao protesto e ameaça de greve de professores, agentes de apoio e demais profissionais da educação na frente da prefeitura, na última terça-feira, 11. A reivindicação da classe inclui outros pontos, como reajuste, revisão do plano de carreiras e outros direitos laborais.
O pagamento do abono é visto como um paliativo devido ao fato de os profissionais não terem recebido recursos do rateio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em 2021, a exemplo de outras cidades, além de completarem dois anos sem previsão de reposição salarial.
No ano passado, o incremento do Fundeb foi superior a 20%, segundo os cálculos do sindicato, valor que foi para outras despesas do ensino, sem incluir melhorias na remuneração. Em cidades brasileiras, gestores optaram por repassar a chamada “sobra” do fundo para os profissionais, como forma de valorização e reconhecimento.
Pela proposição em trâmite no Legislativo, cerca de 2,6 mil servidores da educação municipal deverão receber R$ 1,8 mil cada, na folha de pagamento de janeiro, a ser emitida de modo complementar. O montante de recursos estimados pela gestão municipal deverá somar R$ 4,7 milhões.
“Todos os vereadores e servidores desta Casa de Leis estão comprometidos em analisar e votar a proposta em tempo recorde”, assumiu o presidente da Câmara, vereador Ney Patrício (PSD), que é do mesmo partido do prefeito Chico Brasileiro (PSD). Ele afirmou, via assessoria, que a sessão extraordinária deverá “ocorrer nos próximos dias”, devendo ser marcada na semana que vem.
Na reunião entre os representantes da categoria e vereadores, foram discutidos e esclarecidos pontos da tramitação do projeto. Outras duas matérias vinculadas à remuneração dos trabalhadores da educação ainda serão analisadas pela Casa. Elas tratam do novo piso salarial e do pagamento de duas referências (reajuste de 6%) à categoria.
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