Dos 7.113 quilombolas que vivem no Paraná, de acordo com dados do Censo de 2022 divulgados recentemente pelo IBGE, 22 são remanescentes da Comunidade Quilombola Negra Apepú, localizada em São Miguel do Iguaçu, ao lado do Parque Nacional do Iguaçu.
- Artista iguaçuense transforma papel em arte e encanta famosos
- Casa Vitória: empresário Laudelino Pacagnan relembra história da empresa
- Ilza Rahmeir Alliana: uma vida dedicada à arte com sustentabilidade
No quadro Vidas do Iguaçu, o guia e ambientalista Francisco Amarilla conversa com Beto Corrêa, bisneto de João Corrêa da Cruz, fundador do quilombo. “Quando ele chegou aqui, Foz do Iguaçu só tinha uma casa e um boteco, que era da família Holler”, conta.
Beto relata que o grupo foi oficialmente reconhecido como quilombo apenas em 2004 e hoje é composto por 12 famílias, que trabalham para preservar suas raízes e tradições, ao mesmo tempo em que buscam acompanhar a evolução da tecnologia. Desde então, a comunidade, que estabeleceu uma associação, conseguiu conquistar algumas melhorias, incluindo seis casas; um barracão, por meio de convênios com a Itaipu e a prefeitura; um poço artesiano e acesso à internet.
Nessa viagem pela história, Beto mostra a igrejinha local, construída na época para a comunidade rezar as novenas e celebrar as tradicionais festas de São João, na virada de 23 para 24 de junho. Ele também explica a origem do nome da comunidade: “Apepú era uma laranja azeda, bastante comum na região. A fruta era usada para fazer aroma de perfume. Além disso, tirava-se aquela casca dura e lavava durante sete dias para fazer um doce.”
Confira o vídeo completo:
Comentários estão fechados.