
Foz do Iguaçu inaugurou o Posto de Informações Turísticas da BR-277 em maio de 1985, há 40 anos, na entrada da cidade. Assim, oficialmente, a estrutura tinha por finalidade orientar turistas na Terra das Cataratas.
A solenidade, não diferente dos dias de hoje, portanto, reuniu agentes políticos e lideranças ligadas ao setor. O prefeito Wádis Benvenutti comandou a cerimônia, bem como, teve a presença de Nadir Rafagnin, diretor-administrativo da Paranatur, órgão estadual de promoção do turismo, já extinto.
O jornal Nosso Tempo registrou a inauguração. A estrutura ficava próxima da Polícia Rodoviária Federal na rodovia. Além disso, ela seria gerida, inicialmente, pelo Sindicato de Hotéis. O posto foi fechado muitos anos mais tarde.
“Terá grande utilidade para o turista, bem como para o comércio local e das cidades vizinhas de Puerto Stroessner [depois, Ciudad del Este], Paraguai, e Puerto Iguazú, Argentina”, narrou a publicação.
Nosso Tempo destacou que o Posto de Informações Turísticas foi construído com recursos do próprio município. “Terá um papel primordial na melhoria da qualidade do atendimento dado aos turistas”, disse, na época, o então prefeito Wádis Benvenutti.
Posto turístico
O periódico informou, na edição n.º 167, que o equipamento de turismo integrava um conjunto de obras e serviços que estavam sendo entregues pela prefeitura nos bairros. Por exemplo, citou a limpeza de vias e áreas e a abertura de módulo policial para reforço da segurança pública.
O tempo era de esperança e expectativa entre os moradores de Foz do Iguaçu, todavia. A cidade preparava-se para ir às urnas, após a “longa noite” dos interventores impostos pela ditadura militar na prefeitura.
Na primeira eleição pelo voto direto, em 1985, Dobrandino Gustavo da Silva foi eleito prefeito com quase 20 mil votos. O direito de ir às urnas era negado aos iguaçuenses pelo regime fardado, porque Foz do Iguaçu estava enquadrada em área de segurança nacional, por ser fronteira.
História de Foz a um clique
O portal Nosso Tempo Digital reúne o acervo do jornal, projeto que marcou o aniversário de 30 anos do periódico rebelde. Assim, o objetivo é preservar a memória da cidade, facilitar o acesso à história local e regional, e democratizar a consulta ao acervo midiático por meio da internet.
O acesso é gratuito. O acervo constitui fonte valiosa para o morador desejoso de vasculhar a história da cidade e de seus atores, contada nas 387 edições do jornal que foram digitalizadas, abrangendo de dezembro de 1980 a dezembro de 1989.
Uma ótima lembrança do serviço público prestado. em pról do turismo.