No caminho das Cataratas, existe uma verdadeira joia, que por causa do seu brilho parece feita de diamantes.
É o Casarão que brilha!
Por mais de meio século, ele serviu como a moradia e como o ponto comercial do saudoso Sr. Levino Urnau.
Era a famosa Casa Santo Alberto, uma relíquia da cidade, da nossa historicidade, que por pura ousadia teima manter-se em pé.
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A família Urnau chegou a Foz em 1921, vinda de Carazinho, no Rio Grande do Sul, para se estabelecer na região da Vila Carimã, com outros imigrantes de origem europeia.
Entre eles, as famílias Repelewicz, Brol, Guder, Fritzen, Nieuwenhoff e Otremba.
A Casa Santo Alberto faz parte da história de Foz!
A região, ainda chamada de “Baixada do Levino”, era o ponto de encontro dos pioneiros da cidade, que paravam para usar o telefone, jogar no bicho ou, simplesmente, jogar conversa fora.
Nos fundos havia um campo de futebol, a diversão aos sábados era bater uma bola, comer pão com linguiça e tomar uns goles, além das resenhas, que iam até de madrugada.
A antiga estrada das Cataratas passava bem em frente ao casarão, onde ainda podemos ver as pedras do que já foi o calçamento original.
Antes de abrir o comércio, o Sr. Levino vendia os seus produtos em uma carroça, atendia os moradores do Parque Nacional e os trabalhadores da Usina do Rio São João.
Já na Casa Santo Alberto, ele atendia toda a cidade. Dono de um bom sortimento, vendia produtos coloniais, carnes, sorvetes, bebidas e fazia questão de dar preferência aos fabricantes daqui, como um incentivo à produção local.
Vendia o Café Etrusco e o refrigerante “Que tal”, uma das primeiras gasosas produzidas na cidade, feitas pelo Sr. Herbert Barthel, do Restaurante Viena, além da Aguardente Gaúcha, do Sr. Carlos Welter.
A Casa Santo Alberto funcionou dos anos 1950 até o final dos anos 1990 e, mesmo distante da região central, conquistou o coração de uma cidade.
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