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É de se imaginar o desespero do alerta feito a moradores da região, em agosto de 1982: saiam das propriedades que as águas irão inundar as terras para a formação do reservatório da Itaipu Binacional. O aviso, um tanto ameaçador, foi reproduzido em matéria do jornal Nosso Tempo, na edição n.º 51.
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A reportagem foi escrita pelo jornalista Juvêncio Mazzarollo, ilustrada com suas fotografias. O título era “Último aviso de Itaipu”, com o provocativo e perturbador reforço da chamada, o qual afirmava: “Saiam todos que o dilúvio vem mesmo”.
A reportagem dizia criticamente que o lago de Itaipu iria deixar submersa uma riquíssima e belíssima área de 1350 quilômetros quadrados, sendo 780 no Brasil e 570 no Paraguai. O jornal reproduziu a nota pública emitida pela empresa, a qual dizia:
– Atenção, senhores desapropriados que ainda moram na área do reservatório. No final deste ano, as águas do rio Paraná vão começar a subir para formar o lago de Itaipu. Em duas semanas, uma vasta região será completamente coberta pelas águas.
Pessoas, famílias, histórias, vidas foram reduzidas ao termo “desapropriados”. O jornal fez notar o que considerou o tom de ameaça da nota, “capaz mesmo de causar pânico”, contextualizando que ainda havia moradores que não acreditavam na “fantástica violência”, escreveu.
“Arrancados da terra”
O Nosso Tempo ponderou que, na época, nenhum dos dois países demandava a potência de energia elétrica que seria produzida pela Itaipu. E criticava, em pleno regime militar, eivado de censura, perseguição e silenciamento, projetos impostos de cima para baixo, com a binacional.
Argumentou o semanário que, “das terras que serão encobertas e inutilizadas os milhares de agricultores arrancados violentamente do solo que cultivavam, produziam também milhões de energia não medida em quilowatts, mas em alimentos”, sublinhou. A região, disse, tinha as terras mais férteis do mundo.
Acesse a edição do Nosso Tempo com a reportagem
História a um clique
O portal Nosso Tempo Digital reúne todo o acervo do jornal, projeto lançado para marcar o aniversário de 30 anos do periódico rebelde. O objetivo é preservar a memória da cidade, facilitar o acesso à história local e regional, e democratizar a consulta ao acervo midiático por meio da internet.
O acesso é gratuito. O acervo constitui fonte valiosa para o morador desejoso de vasculhar a história da cidade e de seus atores, contada nas 387 edições do jornal que foram digitalizadas, abrangendo de dezembro de 1980 a dezembro de 1989.
A Itaipu Binacional provocou danos irreparáveis na população lindeira, na fauna e flora e hoje se vestem de falsos moralistas, cercando a área de divisa com o lago, impedindo a passagem da população que perdeu seu habitat e hoje são considerados como invasores pelos destruidores, que apossaram das terras, fizeram seus preços e deram o recado: Vazam, porque vamos inundar tudo. Lastimável.
Mentira, essa publicação e mentirosa, pagara muito bem o valor das terras e das benfeitoria além de deixar levar tudo o que era movel, houve aviso sim mas deram tempo suficiente para todos se recolocarem, falo porque presenciei meu pai foi indenizado e nunca reclamou , isso é notícia de esquerdista
tenho 58 anos sou do sul de Santa Catarina conheci a barragem ainda quando estava sendo construida, naquele tempo a inflação era alta e quando os colonos recebiam o valor acordado já valia bem menos, falo isso porque tenho parentes em Santa tezerinha bem perto de foz do Iguaçu, dizendo ele que a usina vai produzir energia viável por 100 anos, estão contando os anos, agora falam que só falta 60 anos, pra ver só o sentimento das pessoas que foram praticamente expulsal de suas casas!
Meu pai foi indenizado nunca reclamou pois consegui se colocar em outro município quanto ao comentário falando mal da esquerda é normal num país onde a direita só fala merda
Texto bem esquerdista… Mas façam seu protesto , vivam sem energia elétrica. O povo vermelho do i phone dando seus pitís…
Criar treta sobre esquerda e direita em uma postagem que reproduz texto de 42 anos atrás é muita falta do que fazer, sinceramente…
Sou do tempo em que a usina começou eu tinha parentes que foram desapropriados em Santa Helena , receberam boa indenização mas gastaram todo o dinheiro atoa não se recolocaram e hoje vivem usando boné vermelho e invadindo terras dos outros e metendo pau na direita .bando de vagabundos
O progresso chegou. As famílias foram indenizadas. A natureza reorganizou se. Vida que segue. Tenho orgulho do nosso rico Paraná.