Curioso caso da frota de Fuscas depenados em Foz do Iguaçu

Amontoado de veículos foi notícia em dezembro de 1980, contada pelo jornal Nosso Tempo.

“Para que essa fila de carros inteiramente depenados no pátio da delegacia de Foz do Iguaçu?” Com esse título, o jornal Nosso Tempo questionou o amontoado de Fuscas e veículos de outras marcas que ocupavam uma unidade policial da cidade em 1980.

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A edição do semanário, a primeira, foi às bancas no começo de dezembro daquele ano. A fotografia que estampou a notícia da época mostrou apenas a metade da frota de carros, entre eles, o mais popular e um dos mais amados pelos brasileiros, sem serventia ou uso, em lenta decomposição.

“São carros roubados, cujo dono não foi encontrado, ou sequestrados aos contrabandistas e traficantes de tóxicos, ou sabe lá o que mais”, afirmou o texto. E completou ressaltando não ser certo manter os bens entregues à corrosão material, advogando uma destinação racional a eles por “princípio de economia”.

“A obrigação da polícia é entregar os carros apreendidos por irregularidades e não resgatados pelos proprietários à Receita Federal”, opinou o Nosso Tempo. E o órgão nacional, por sua vez, realizar leilão para “liberar o entulho”, apontou.

E a matéria veiculada em 1980 prosseguiu com uma denúncia. “Conta-se que a polícia teria adotado o método de ‘emprestar’ carros apreendidos em bom estado a seus amigos. Ora, o uso dos carros nessas condições é puramente ilegal”, cobrou o jornal.

O Nosso Tempo questionou os responsáveis pela guarda dos veículos, que permitiram que os Fuscas fossem depenados, com a retirada de peças. “Quem lucrou com isso? Quem vai ser penalizado por esse vandalismo?”, perguntou.

O tema foi pauta de reuniões de prefeitos da região, que sugeriram haver o que foi chamado, na época, de “indústria de carros roubados”. E, já naquele tempo, descortinou o jornal Nosso Tempo, havia a prática de cobrar resgate de dono de veículo roubado.

Leia a reportagem na edição original do Nosso Tempo.

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