A ONG Vida Animal realiza, neste sábado e domingo, dias 16 e 17, um bazar beneficente com mercadorias doadas pela Receita Federal. Os recursos serão revertidos para o abrigo de cães e gatos abandonados. Situada em uma chácara na região de Três Lagoas, a ONG abriga hoje 542 animais que circulavam nas ruas de Foz do Iguaçu.
Serão comercializados no bazar celulares, eletrônicos, perfumes, roupas, jaquetas, brinquedos, mochilas e artigos escolares a partir de R$ 1. As vendas ocorrerão na Rua Tiradentes, 371, anexo à Clínica Pet Brasil.
Presidente da ONG, Noely Cassini diz que o custo diário com ração é de R$ 1 mil. Por isso é imensa a dificuldade para manter a organização, que sobrevive a duras penas de bazares, rifas e doações. Recentemente, a ONG tentou vender a rifa de uma moto para arrecadar recursos, mas a iniciativa foi adiada porque ainda há 400 blocos em aberto para serem adquiridos.
Abandono
A dificuldade da Vida Animal é reflexo do número de cães e gatos abandonados na cidade. Conforme reportagem publicada pelo H2Foz em março, o total de animais nas ruas tem aumentado.
A Diretoria de Bem-Estar Animal (Diba) não possui um levantamento atualizado do número de animais abandonados. No entanto, estudo do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) feito por amostragem indica que cerca de 60% dos animais que andam nas ruas são considerados “semidomiciliados”, ou seja, têm tutores que os deixam soltos.
Ao mês, a Diba recebe, em média, cem denúncias via Central 156 (aplicativo e site eOUve ou pelo telefone 156). Na maior parte delas, segundo a prefeitura, há menção quanto aos tutores dos animais, que são orientados sobre a guarda responsável.
Castração
Uma das saídas para controlar a escalada de pets nas ruas é a castração. No entanto, o município informa que aguarda o Conselho Regional de Medicina Veterinária aprovar projeto para iniciar os procedimentos nas clínicas credenciadas.
Até o momento foram credenciadas duas clínicas. O credenciamento ainda está aberto para outros estabelecimentos.
Conforme o município, as cirurgias de castração serão destinadas aos tutores já cadastrados, que fizeram solicitação entre os anos de 2019 e 2021. A preferência é para pessoas em situação de vulnerabilidade.
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