
Espécie nativa dos três países da fronteira, o joão-de-barro (Furnarius rufus) ganhou fama por sua destreza como construtor. Nos ambientes urbanos, seus ninhos estão presentes em locais como galhos altos de árvores e postes de iluminação.
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Na nova edição do quadro É da Vida, o ambientalista Francisco Amarilla flagrou um casal da espécie em pleno processo de construção do ninho. Conforme visto com detalhes no vídeo abaixo, o pássaro usa barro amassado para erguer as paredes, que adquirem grande resistência.
Amarilla também menciona um mito comum sobre o joão-de-barro: o de que o macho “empareda” a fêmea dentro do ninho, para evitar traições. “Fica como mito. A ciência nunca provou que isso é verdade”, contextualiza.
Na Argentina, onde o joão-de-barro recebe o nome popular de hornero, o pássaro está incluído, desde 1928, na lista de símbolos da pátria. Em tempos mais recentes, o animal passou a estampar a cédula de P$ 1.000, que equivale, atualmente, a cerca de R$ 5.
Além disso, o nome em espanhol (hornero) faz referência ao formato dos fornos de barro comuns em países como Argentina, Uruguai e Paraguai.
Por outro lado, a mitologia guarani conta que o joão-de-barro surgiu de um amor proibido, do tipo que embala a criação das lendas.
De acordo com o relato oral, a jovem Kuairúi queria casar com o guerreiro Tiantiá, mas o pai da moça vetou o relacionamento. O motivo? Tiantiá não sabia construir a própria cabana. Transformados em pássaros, os dois se ajudam mutuamente na tarefa.
Produzido pelo H2FOZ, o quadro É da Vida tem o apoio do Parque das Aves. Apresentação: Francisco Amarilla. Imagens e edição: Marcos Labanca. Distribuição nas plataformas digitais: Claudio Siqueira.
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