A plataforma elevatória não funcionou, e ele percorreu o itinerário sentado nos degraus da porta; Foztrans afirma que fiscaliza o cumprimento das normas.
Prejudicado pela falta de acessibilidade em ônibus do transporte coletivo de Foz do Iguaçu, o cadeirante Ivan da Silva está recorrendo a vários meios (veja o vídeo) para que sua indignação chame a atenção das autoridades públicas. Ao H2FOZ, o aposentado, que complementa a renda como ambulante, contou que precisou arrastar-se para embarcar na lotação.
Segundo seu relato, ele tomou o ônibus da linha Jardim São Roque nesta semana, no centro, em horário próximo das 17h30. A plataforma de elevação para o embarque de cadeirantes não funcionou, obrigando-o a seguir o percurso sentado nos degraus da porta, com a cadeira de rodas encostada nos assentos, acomodada com a ajuda de outras pessoas.
“Embarquei me arrastando pela escada para subir e descer. O motorista me ajudou colocando a cadeira dentro do ônibus e tirando a mesma no momento do desembarque”, detalhou. “Se não pegasse esse [ônibus], precisaria esperar outro por quase duas horas. Nessa linha só tinha esse ônibus circulando”, informou para a reportagem.
De acordo com Ivan da Silva, além plataforma danificada, o coletivo aparentava uma condição precária. “Era uma sucata reformada, como muitos dos ônibus que percorrem os bairros iguaçuenses. A maioria tem problemas nos horários, de superlotação, nas plataformas e nos cintos de segurança para os deficientes físicos”, reclamou o passageiro.
Ele cobra mais rigor na fiscalização do transporte coletivo de Foz do Iguaçu. “Fazem blitz para ver os veículos dos cidadãos iguaçuenses, que se tiverem qualquer irregularidade são multados e apreendidos. Se esses órgãos públicos fizessem uma blitz do transporte coletivo, a cidade ficaria sem transporte coletivo nesse dia”, desabafou.
O que diz o Foztrans
O Instituto de Transportes e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans) afirmou, por meio da assessoria de comunicação, que “100% da frota [de ônibus] tem plataforma para cadeirantes”, que deve estar em condições de uso. Na linha São Roque, tem um ônibus com plataforma com frequência de uma hora e vinte minutos.
A autarquia declarou fiscalizar o cumprimento das normas de acessibilidade por meio de vistorias periódicas, “assim como tem um fiscal permanente no TTU que faz a verificação”. Em relação à idade máxima e às condições dos ônibus do transporte coletivo iguaçuense, a vistoria é realizada anualmente.
“As equipes do Foztrans fazem a vistoria para garantir que as empresas que compõem o consórcio cumpram as condições previstas no contrato”, complementou o instituto, em relação à acessibilidade e às condições dos veículos do transporte coletivo.
O Foztrans frisou que todo o cidadão pode denunciar as condições inadequadas dos ônibus pelo aplicativo 156 Foz ou via site da prefeitura. “É importante enviar o número da placa e identificação do veículo, pois assim poderemos fazer uma verificação exata da linha reclamada pelo cidadão, bem como do ônibus”, concluiu.
Comentários estão fechados.