Sarau dos Direitos Humanos celebra os 108 anos de Foz do Iguaçu neste domingo

Evento aberto ao público terá apresentações artísticas, exposição de fotografias da cidade, diálogo sobre livro e sebo.

Evento aberto ao público terá apresentações artísticas, exposição de fotografias da cidade, diálogo sobre livro e sebo.

Há quem sustente que duas cidades dividem o mesmo espaço geográfico e humano chamado Foz do Iguaçu. Uma é pujante, endinheirada e fica muito bem nos cartões-postais, e será celebrada nos palanques e discursos oficiais das autoridades neste aniversário de 108 anos. A outra é a Foz do Iguaçu menos festejada pela oficialidade, a da vida diária das pessoas e suas demandas cidadãs, muito prometidas e sempre negligenciadas pelos ocupantes do poder.

Para celebrar a cidade que é pintada com as cores do povo, o Centro de Direitos Humanos e Memória Popular (CDHMP) promove sarau em homenagem ao aniversário de Foz do Iguaçu, neste domingo, 5, a partir das 16h. O evento é aberto ao público, sem cobrança de ingresso, apresentando uma programação artística e cultural, diálogo sobre livro, sebo, aperitivos e bebidas a preço acessível.

O Sarau dos Direitos Humanos é uma atividade já conhecida entre ativistas, integrantes de movimentos sociais e populares, professores, estudantes e de quem gosta de um bom papo ao ar livre, rodeado de ideias, artes e solidariedade. Os encontros são periódicos, e os recursos que eventualmente resultam da venda de produtos ajudam a custear a associação, que não recebe subvenção pública.

Para o sarau de aniversário de Foz do Iguaçu, a programação musical será dividida por artistas de diferentes vertentes sonoras: Anne Sophie; Jaime André, o Pingo; Paulo Silva; Renato Fumê; Thiago Silva e convidados. A roda da boa música permanecerá aberta para quem quiser participar, e o microfone estará disponível para intervenções poéticas, literárias e artísticas.

Como sempre, o Sarau do CDHMP vai ser com muitos abraços e bom papo. Vamos conversar sobre o país, assaltar os céus, sonhar, cantar e dançar”, convida Aluizio Palmar, que integra o Centro de Direitos Humanos. O militante destaca que a produção do evento é um trabalho coletivo e que os artistas somam com sua arte para referendar espaços democráticos e plurais.

Fotos, livros e literatura

O fotojornalista iguaçuense Marcos Labanca irá apresentar no sarau exposição de sua autoria, que compreende 15 fotos selecionadas que expressam cenas do cotidiano da cidade. São registros de sua labuta diária na imprensa e de seu olhar com cidadão, que serão expostos em cores e em formato ampliado.

Na programação consta ainda sebo de livros do CDHMP, principalmente da temática social, política e de direitos humanos. É possível comprar e trocar obras e publicações, pois o objetivo é fazer fluir a informação. Também está prevista uma banca literária com volantes impressos com poesias, crônicas e contos.

Barbárie nossa de cada dia

Psiquiatra e militante dos direitos humanos e do Sistema Único de Saúde (SUS), José Elias Aiex irá dialogar sobre o seu livro “Barbárie consentida”, uma obra médica e política sobre o efeito do establishment na saúde das pessoas. “A correlação entre as instabilidades que marcam a conjuntura social brasileira na atualidade: a econômica e a emocional, a qual aponta para um estado de barbárie consentida pela sociedade”, aponta o livro.

Para tratar o corpo (e hidratar), o cardápio do Sarau dos Direitos Humanos terá:

  • sabores: espetinhos, torta vegana, doces e produtos da agricultura familiar; e
  • bebidas: quentão, cerveja e chope artesanais.

Sarau dos Direitos Humanos | 108 anos de Foz do Iguaçu
Data: 5 de maio (domingo), a partir das 16h
Endereço: Alameda Batuíba, 146, Vila A (perto da antiga Cobal)

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