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Jacelyne pintou uma aquarela da soberana, enviou para a Inglaterra e recebeu carta de agradecimento há menos de um mês
Foi muito triste receber a notícia da morte da rainha Elizabeth II, diz a artista plástica de Foz do Iguaçu Jacelyne Wulczack, 44 anos. Na manhã de quinta-feira (8), quando soube que os familiares da monarca foram chamados à Escócia, onde a soberana recebia cuidados médicos, Jacelyne diz ter ficado com o coração apertado.
A brasileira mora bem longe da Inglaterra, mas tem uma história próxima com Elizabeth, que morreu aos 96 anos. Há pouco menos de um mês, dia 15 de agosto, ela recebeu uma correspondência do Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha. Era um agradecimento à artista por uma aquarela enviada em homenagem aos 70 anos de reinado.
“Envio-lhe meus agradecimentos pela sua amável mensagem por ocasião do septuagésimo aniversário da minha ascensão ao trono”, afirma a rainha na mensagem. Surpresa, Jacelyne revela nunca ter recebido um retorno assim, muito especial. “Já pintei outras celebridades, mas tentei contato pelas redes sociais, mas sem sucesso. Ter o retorno do Palácio de Buckingham foi muito emocionante”, conta.
A artista, que sempre acompanhou os passos da família real britânica, assistia a seriados e admirava a rainha por ser uma mulher de destaque no mundo. Recentemente, ela descobriu que o então príncipe, agora rei Charles, também é aquarelista e realiza exposições.
Jacelyne, que é servidora pública, ingressou no mundo da aquarela há quatro anos e quando viu uma foto de Elizabeth II, bastante colorida, resolveu fazer a pintura em homenagem à monarca. Ao saber do jubileu de 70 anos do reinado, ela buscou o endereço do Palácio de Buckingham no Google e enviou a aquarela à rainha, com uma carta homenageando-a.
Quando a correspondência chegou, ela foi avisada pelo irmão, que disse ter chegado uma carta de Londres. Logo suspeitou que poderia ser do palácio real. Porém não esperava o retorno, por isso nem guardou o comprovante de remessa.
Atualmente, Jacelyne se divide entre o trabalho de servidora pública e a arte que pratica há mais de 30 anos. Ela aprendeu aquarela fazendo cursos e praticando bastante, informa.
Ter o reconhecimento da rainha é muito significativo para a artista iguaçuense porque no Brasil viver de arte é uma tarefa praticamente impossível. “Viver de arte é difícil. Pouco incentivo e não há valorização.”
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