“Manos e minas” que representam a arte de rua e a cultura urbana em Foz do Iguaçu brilharam no Pixain Battle, evento nacional de hip-hop, em Toledo (PR). O evento reuniu mais de 500 participantes, em dois dias de programação, no começo deste mês de novembro.
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Além do pódio, a delegação da cidade também fez história com a primeira “mina” iguaçuense a chegar à final da seletiva, com a artista Ingrid da Silva. Da Terra das Cataratas, destacaram-se na colocação do encontro nacional:
Pedro Sugamosto, o Kape: conquistou o terceiro lugar na modalidade Open Style;
Renan Costa Araújo, o Kel: assegurou o quarto lugar para Foz do Iguaçu;
Marcus dos Santos Anzoategui, o Harry Big: destaque no break, com a quarta colocação.
As disputas foram entre participantes das cidades da Região Oeste e de outras localidades do estado e do país, incluindo Curitiba (PR) e Florianópolis (SC).
Os iguaçuenses integram o grupo de dança de rua Sioux Crew. Ingrid e Pedro cursam as aulas formativas do projeto da prefeitura Foz Fazendo Arte, de formação artístico-cultural, realizadas no Teatro Barracão e no Centro da Juventude. O coletivo de jovens é coordenado por Bianor Dias Junior, que também é professor no projeto. Harry Big é um dos apoiadores da Batalha da Pista, que acontece em Foz do Iguaçu.
Arte e representatividade
Ao H2FOZ, Bianor Dias Junior explicou que foi a terceira participação do grupo Sioux Crew no Pixain Battle. Para ele, a presença em eventos dessa amplitude e as excelentes colocações são resultado da dedicação e da vontade de conquistas da juventude iguaçuense.
Além dos passos, disse, está a representatividade “Não basta aprender a dançar. É necessário a vivência de cada cultura. Os códigos, a mentalidade e o senso de comunidade criam uma comunidade de dançarinos que produzem criativamente”, expôs.
Com efeito, explicitou, a batalha em Toledo “foi um momento importantíssimo para nossos dançarinos”. Isso porque, “organicamente, eles criam laços e fazem parte de um movimento maior, de uma comunidade regional”, avaliou.
Culturas das ruas
A cultura hip-hop tem relação com a juventude porque ela não é acadêmica, conforme Bianor. Suas expressões surgem de maneira popular e genuína, nas ruas, baladas, vivências, encontros e grupos periféricos.
“Essa cultura e suas danças surgem imbuídas principalmente da luta de uma juventude negra marginalizada”, contextualizou. “É uma longa história de resistência que inclui latinos, negros e a comunidade LGBT, instituindo a sua própria maneira de se expressar, em combinações únicas e criativas”, pontuou Bianor Junior.
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