Que falta nos faz um bom teatro!

José Afonso de Oliveira, sociólogo e professor universitário, reflete sobre a importância de um teatro para Foz do Iguaçu.

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Prof. José Afonso de Oliveira – OPINIÃO

Já se somam vários anos em que promessas são feitas reiteradamente de construção de um teatro para a nossa cidade, e nada foi realizado.

Creio que é chegado o momento de pensarmos seriamente nessa proposta tão necessária. A construção de um teatro na cidade, com plena certeza, tem o apoio unânime de toda a nossa sociedade, pois todos temos necessidades sublimes de plenitude cultural.

O teatro vai representar um local de desenvolvimento de nossa cultura no que há de mais significativo. Representar peças teatrais do passado ou do presente é algo de suma importância para o desenvolvimento cultural e para entendermos e vivermos o sentido de grupo que o teatro carrega.
Juntamente com o teatro serão formados vários e diferentes grupos de jovens e adultos e de crianças para estudarem muitos e diferentes autores, e assim treinar e aperfeiçoar a arte de representação cênica.

Esse fato funcionaria como um complemento à escolarização das crianças e dos jovens. E para os adultos, de alguma forma, representaria uma volta ao passado de estudantes, quando da análise e discussão de textos para o preparo do treinamento das peças.

Além do mais, como estamos numa cidade turística de grande importância, festivais de teatro seriam incentivados, assim como a realização de diversos cursos de aperfeiçoamento. Seria o teatro um ponto importante para o maior desenvolvimento de nosso turismo.

Quando todos pensam em novas formas de geração de emprego e renda, o teatro é muito importante para que isso seja uma realidade. Ele gera vários e diferentes tipos de emprego, o que resulta em um impulso ao desenvolvimento econômico e social de Foz.

Esse teatro poderia ser construído na praça defronte à prefeitura atual, estando no centro da cidade, local de fácil acesso para todos os habitantes e próximo à Fundação Cultural, à qual ele poderia estar atrelado administrativamente.

É assim que o teatro deixaria de ser um sonho, uma ideia, e começaria a tomar corpo para a sua efetivação, o mais rapidamente possível, além do que ele poderia ter múltiplos usos, como espaço apropriado para apresentação de corais, bandas e outras atividades culturais que passariam a ser implementadas, pois teriam um lugar específico para as apresentações.

José Afonso de Oliveira é sociólogo e professor universitário em Foz do Iguaçu.

Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.

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1 comentário
  1. Maurício Guilherme Junior Diz

    Em 1994, estava no elenco de um espetáculo com a grande e lendária atriz brasileira Tônia Carrero e, viajando pelo país, fizemos uma turnê interna pelo estado do Paraná. Por equívoco de um produtor local, ele nos agendou para 2 apresentações em Foz. Tivemos que cancelar quando soubemos que o local do espetáculo seria na pista de uma boate local. Mesmo com toda boa vontade do mundo, seria impossível esta adaptação, já que se tratava de um musical. Frustrada pelo cancelamento (por ser uma noite beneficente), a esposa do prefeito nos disse que seria um absurdo cancelar a peça por conta de “um simples cenário” (segundo ela). Respondi de pronto: “absurdo é uma cidade do porte de Foz do Iguaçu não ter um teatro decente”. Retornamos à Cascavel, onde realizamos mais dois espetáculos extras. Pelo que vejo, nada mudou. Infelizmente.

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