Prof. José Afonso de Oliveira – OPINIÃO
Todos os países ricos atualmente têm sistemas educacionais muito avançados, eficientes e de tempo integral, e isso quer dizer que as crianças e os jovens passam o dia nas suas escolas, onde têm todas as atividades escolares, inclusive as que seriam feitas em casa, realizadas nas instituições.
Para isso é preciso pensar num novo currículo, muito mais abrangente, contando com atividades intelectuais, racionais, mas também emocionais, de artes, literatura e compreensão da realidade que estamos vivendo.
Além disso, a prática de jogos coletivos e individuais, tanto quanto a Educação Física, mostram-se essenciais para desenvolverem atividades pessoais de comando, liderança, juntamente com práticas de trabalhos coletivos.
Sendo o brasileiro altamente criador naquilo que ficou caracterizado como o jeitinho brasileiro, é necessário que esse aspecto de criatividade possa ser incentivado, criando-se com os alunos projetos para atender a vários segmentos do conhecimento e do relacionamento com as pessoas.
Podemos ver que há culturas nos países desenvolvidos, muito ricas, mas de muito pouca ou mesmo nenhuma criatividade. Como agora estamos inseridos no mundo do conhecimento, esse tem sentido à medida que possa ser utilizado para resolver os nossos problemas de convivência humana, de sorte a sermos muito mais felizes.
Nessa escola de tempo integral, o aluno chegaria para estudar por volta das 8 horas e sairia em torno das 17 horas, sendo muito diferente do que ainda hoje é a norma que temos de escolas de tempos parciais, de um período do dia.
Nas instituições de tempo integral, temos de recuperar a alegria e a felicidade do conhecimento. Isso mesmo, o conhecimento e sua aprendizagem produzem um grande prazer nas pessoas, sendo assim esse será um dos bons parâmetros para medirmos a eficiência das escolas de tempo integral.
Importante pensar que essa escola não é somente da iniciativa pública, mas também da iniciativa privada, afinal a educação, conforme a Constituição, é um ente republicano com formas de administração diferenciadas que possuem por isso a mesma finalidade: formar os nossos cidadãos para a plena vivência da democracia numa sociedade harmoniosa e boa para todos.
José Afonso de Oliveira é sociólogo e professor universitário em Foz do Iguaçu.
Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.
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