Prof. José Afonso de Oliveira – OPINIÃO
O que está em jogo atualmente é como criarmos e executarmos uma educação que seja eficiente para os dias em que estamos vivendo. Uma educação que seja capaz de superar os obstáculos existentes no mundo, como as gritantes e infames desigualdades sociais, as guerras, a fome, o analfabetismo, enfim, todas as grandes dificuldades pelas quais estamos passando.
Ao mesmo tempo uma educação que seja capaz de incentivar e criar realidades de sorte a podermos superar a inércia que muitas pessoas estão vivendo, marginalizadas, sem empregos, substituídas por robôs, ou seja, pessoas que nasceram em outra época e se veem agora na contingência de viverem em outras realidades que já estão existindo e tendem a firmar-se cada vez mais.
Portanto é para refletirmos sobre o que desejamos de nossos processos educacionais, que sejam capazes de trabalhar o conhecimento de uma forma muito ativa, realizando projetos educacionais ao mesmo tempo em que entrem em discussão e reflexão as novas condições de vida existentes no mundo atual.
Não podemos mais pensar numa educação meramente meritocrática que coloca valores, por meio de avaliações com notas que são na verdade exemplos de diferenças que se estabelecem como se isso fosse uma verdade na vida em sociedade. Devemos e temos a obrigação de estimular a solidariedade, não o individualismo; a felicidade, não a busca de um prazer sem controle.
Para tanto, essas e muitas outras questões devem ser amplamente discutidas por professores, pais, alunos e educadores para podermos chegar a um consenso que seja capaz e motivador para a aprendizagem dos nossos estudantes.
Temos a obrigação de utilizar todos os equipamentos hoje disponíveis, que vão de celulares até computadores sofisticados, de sorte que nossos alunos possam aprender nas nossas escolas, mas também em nossas casas, nos locais de lazer e, de uma forma muito especial, em novos locais de pesquisa que serão criados.
Para muitas dessas atividades, especialmente repetitivas, podemos utilizar processos de inteligência artificial já existentes. Importante mesmo é recuperar o prazer do conhecimento que existe, sendo fundamental no processo de aprendizagem.
Pensar que a escola deve ser um grande centro de uma educação prazerosa que permita a formação de novos cidadãos para o presente e, mais ainda, para o futuro, dentro de uma nova realidade que já existe.
José Afonso de Oliveira é sociólogo e professor universitário em Foz do Iguaçu.
Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.
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