Prof. José Afonso de Oliveira – OPINIÃO
No atual mundo globalizado, alguns assuntos são extremamente importantes e chamam muito atenção da humanidade. O mundo atual é da ciência e da tecnologia, mas temos muito a percorrer até chegarmos a uma sociedade harmoniosa, entre si e com a natureza, da qual fazemos todos parte.
É inegável que podemos destruir completamente a vida no planeta com os arsenais nucleares existentes, e esse é um grande perigo atual em vista de que a hegemonia global dos Estados Unidos não encontra opositor à sua altura. Mas à medida que o mundo multipolar está começando a surgir, fica evidente a possibilidade de um confronto jamais realizado ou mesmo imaginado. Esse é, portanto, o maior perigo que paira sobre a humanidade, contudo há outro de igual poder ou mais, no entanto é muito mais discreto, lento, porém igualmente destruidor.
Trata-se do caso das questões pertinentes à destruição ambiental, melhor dizendo, o desequilíbrio existente entre a sociedade e a natureza, com sérias consequências, conforme estamos observando.
Ora, Foz do Iguaçu possui a maior reserva de biodiversidade da Região Sul, com o Parque Nacional do Iguaçu – que, transpondo as nossas fronteiras, continua em território argentino. Hoje tombado pela Unesco como patrimônio natural da humanidade, ele precisa ser preservado, mas deve também ser utilizado.
Criar cursos de educação ambiental – constituindo laboratórios de pesquisa de flora e fauna, extremamente importantes para vários segmentos industriais, podendo para isso realizar uma parceria envolvendo universidades, setores industriais farmacêuticos, perfumaria e outros tantos – é sim um modo de gerar uma melhor harmonia com a natureza e seu respectivo aproveitamento para a sociedade.
É assim que podemos lançar as bases para a solução de uma situação que está posta, pois gera uma sociedade com mais harmonia entre seus membros, evitando conflitos, guerras, destruição e morte, bem como uma harmonia da sociedade com a natureza da qual faz parte. Esse é o novo paradigma da sociedade que será dominante já agora no presente e mais ainda em futuro próximo, gerador de novas realidades que ainda não estão delineadas, mas que serão, com certeza, completamente diferentes da atual.
José Afonso de Oliveira é sociólogo e professor universitário em Foz do Iguaçu.
Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.
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