Foz do Iguaçu e o futuro

É preciso pensar a cidade dentro dessa nova ótica latino-americana como um grande centro gerador de ciência e tecnologia.

Prof. José Afonso de Oliveira – OPINIÃO 

Difícil dizer o que acontecerá no futuro, até porque o presente está mudando profundamente e em rapidíssima velocidade. O que ainda ontem era uma novidade, hoje, já é algo conhecido e, de alguma forma, já velho. É com essa perspectiva que penso no futuro de nossa cidade mesmo sabendo, de antemão, que muito o que pode ser dito jamais será realizado. Valem os sinais existentes no presente que dizem respeito ao futuro. 

Teremos de eliminar a miséria em que vive bom número de cidadãos. Para tanto construiremos conjuntos habitacionais financiados com pagamentos em longo prazo, mas dotados de toda infraestrutura como escolas, creches, postos de saúde, enfim, recuperando a capacidade de bem viver na cidade. Sem isso qualquer perspectiva é muito difícil. 

A nossa economia, assentada sobre o setor de prestação de serviços, deve evoluir informatizando todo o nosso setor de hotelaria, bares e restaurantes, avançando sobre outros atrativos turísticos, como um centro de pesquisa ambiental no Parque Nacional do Iguaçu; um museu natural virtual, podendo ser visto em qualquer parte do mundo; um aquário com peixes nativos, também com aspectos virtuais. 

No setor comercial, incrementar a cidade como um centro logístico de comércio do Mercosul, inteiramente informatizado, de sorte que possamos realizar aqui grandes e produtivos negócios para os mercados nacionais, agora já globalizados. 

Incrementar e ampliar o setor educacional conquistando novas etapas com escolas de tempo integral que sejam realmente capazes de formar as nossas crianças e jovens para o mundo. Tudo isso com equipamentos informatizados de laboratórios de física, química, biologia, artes etc. 

Na área do ensino superior, ampliar a oferta de cursos, mas trabalhando para fortalecer a nossa integração latino-americana, incrementando cursos a distância de grande impacto no desenvolvimento regional e internacional por meio do Mercosul. 

É preciso pensar a cidade dentro dessa nova ótica latino-americana como um grande centro gerador de ciência e tecnologia que seja capaz de alavancar novos níveis de desenvolvimento para todos, sem qualquer tipo de discriminação e trabalhando dentro do contexto de uma cultura múlti e plenamente diversa. Fazer tudo isso é um ato de coragem, de visão, que deve ser a luta de todos hoje. 

José Afonso de Oliveira é sociólogo e professor universitário em Foz do Iguaçu.

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Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.

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1 comentário
  1. Samuel Diz

    Em continuidade ao comentário do professor quero acrescentar a necessidade de hospital universitário para cirurgias eletivas. Eu sou um caso de prótese de quadril que busca cirurgia pelo SUS em outra cidade..

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