Favelas: difícil situação

José Afonso de Oliveira, sociólogo, fala sobre a precariedade nas favelas de Foz.

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Prof. José Afonso de Oliveira – OPINIÃO

As favelas são sempre a marca mais drástica da nossa realidade social. Foz do Iguaçu tem um número elevado de favelas, que precisam ser devidamente erradicadas.

Para início de conversa, a ocupação do Bubas, a maior em todo o estado, deve ser devidamente urbanizada. Cabe ao poder público realizar o arruamento, calçadas, construção de escola, posto de saúde e praça, como também a construção de casas. Ninguém pode viver bem se não tiver uma casa para morar, ela é absolutamente essencial.

Mas é preciso pensar igualmente nas favelas, talvez para mudarmos as suas ocupações para outras áreas, mas importante mesmo é construir as casas para os seus habitantes, que vão pagá-las em prestações por longos anos. Nada pode ser gratuito, pois assim não é devidamente valorizado.

Para tanto é preciso que seja estabelecida uma parceria com o empresariado local, por meio da ACIFI, para a ampliação da geração de empregos, assim como com os órgãos governamentais, a fim de que essas pessoas possam ter as condições mínimas para manter-se e sustentar a sua família.

Evidentemente que esse é um projeto que envolve altos custos, mas que deve ser pensado e executado face à sua urgência. Não é possível vivermos inertes frente a essa realidade dolorosa e bastante crítica, temos sim de inserir essas pessoas na sociedade, dar a todas elas as mínimas condições de vida.

Isso vai significar retirar das nossas ruas e dos nossos semáforos pedintes e pessoas que estão completamente abandonadas. Elas vão precisar de acompanhamento de profissionais de saúde, psicólogos e outros profissionais para poderem sair desse estado de miserabilidade em que se encontram. Para tanto, as casas de acolhimento poderão ser ampliadas temporariamente até que essas pessoas estejam em condições de assumir maiores responsabilidades e ter as suas próprias casas.

Todo esse trabalho vai possibilitar, com absoluta certeza, a redução da criminalidade e da violência em nossa cidade, permitindo um clima de mais harmonia entre todos os habitantes.


José Afonso de Oliveira é sociólogo em Foz do Iguaçu.


Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.

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