É sempre aquela coisa: Foz precisa de um museu

Museu não é um depósito de coisas antigas; é o contar a história da sociedade por meio de objetos, afirma o educador.

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Prof. José Afonso de Oliveira – OPINIÃO

Entra ano, sai ano, e Foz precisa sempre de um museu. O que já ouvi de pessoas importantes afirmando que iriam criar um museu para a cidade não está no gibi – mas, até hoje, nada.

O projeto de um museu para uma cidade é fundamental para a construção de sua identidade. O museu não é um depósito de coisas antigas para as pessoas poderem ver; muito mais do que isso, é o contar a história da sociedade por meio de objetos que possam identificar o seu passado remoto ou recente.

O museu é, portanto, um ponto de encontro dos habitantes da cidade que tem um espaço para eles poderem discutir, trocar ideias, conversarem, enfim, rememorarem fatos importantes do passado e dos momentos mais recentes, e com isso vai adquirindo-se uma ligação, cada vez maior, com o local em que estamos habitando.

Numa cidade turística como a nossa, onde recebemos grande número de visitantes, o museu tem um importante momento no sentido de não só mostrar o passado, mas também propor atos e ações culturais típicas da nossa sociedade, envolvendo a participação dos visitantes.

Aspecto muito importante e significativo, o museu pode funcionar como uma segunda escola, sendo uma instituição excelente para o atendimento das necessidades escolares de todos os nossos alunos. Para isso, ele deve ser equipado com os modernos recursos da informática, para gerar imagens, sons, locuções, reunindo os estudantes e assim melhorando e aperfeiçoando toda a educação escolar. Portanto, tem de conter um conjunto de peças que possibilitem essa formação escolar de melhor qualidade.

A responsabilidade dos administradores do museu será organizar exposições contínuas. Para tanto, precisarão buscar contatos com instituições culturais, nacionais e internacionais, de modo a termos sempre novas atividades para todo o público.

Penso que o museu poderia ser instalado no prédio atual da prefeitura, a qual seria transferida para uma outra localidade. Assim, a nova atração estaria bem perto da Fundação Cultural e teatro, o que criaria um roteiro cultural na cidade.

Já contamos com o Ecomuseu de Itaipu e teríamos um novo espaço mais próprio da vida de nossa sociedade.

José Afonso de Oliveira é sociólogo em Foz do Iguaçu.

Este texto é de responsabilidade do autor/da autora e não reflete necessariamente a opinião do H2FOZ.

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