O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan agradeceu ao governo do Paraguai, nesse sábado (19), pela manifestação de apoio feita pelo país sul-americano em relação às manobras militares realizadas pela China no entorno da ilha asiática.
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Em nota, a gestão do presidente Santiago Peña (Partido Colorado) expressou preocupação pela escalada de tensão no Mar da China, provocada pela mobilização de aviões e navios chineses em uma suposta simulação de bloqueio a Taiwan.
“Essas ações constituem uma séria ameaça à estabilidade na região do Indo-Pacífico, pondo em risco inclusive a segurança global. O Paraguai reitera seu firme apoio a Taiwan na defesa da liberdade, da democracia e da soberania”, diz o texto.
Em resposta, Taiwan comunicou que “agradece ao Paraguai por sua preocupação ante os recentes exercícios militares. Essa irresponsável ação constitui uma severa ameaça à paz da região do Indo-Pacífico e do mundo. Obrigado ao aliado Paraguai por seu sempre firme apoio.”
Ao optar por Taiwan, o Paraguai não mantém relações diplomáticas com a China continental, que considera a ilha como uma “província rebelde” e reivindica soberania sobre o território insular.
A origem do conflito é a guerra civil chinesa, quando o partido nacionalista Kuomintang foi derrotado no continente pelo Partido Comunista Chinês (PCCh), em 1949, e transferiu o governo de sua República da China, fundada em 1911, para a ilha de Taiwan.
Para a República Popular da China, que tem Pequim como capital e governa o restante do território chinês, a autonomia de Taiwan é uma afronta. Xi Jinping, atual presidente chinês, considera a reintegração da “província rebelde” como um “objetivo irrenunciável”.
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