Proliferação de algas muda cor do Lago da República no Paraguai

Segundo a prefeitura de Ciudad del Este, situação é resultado da estiagem e das altas temperaturas dos últimos dias na fronteira.

Moradores de Ciudad del Este, segunda maior cidade do Paraguai, estão preocupados com a situação do Lago da República.

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Localizado na área central, a cerca de 1,5 quilômetro da Ponte da Amizade, o lago tem apresentado, nos últimos dias, mau cheiro e cor esverdeada.

Acúmulo é maior nas proximidades da barragem do Lago da República.
Acúmulo é maior nas proximidades da barragem do Lago da República. Foto: Gentileza/Prefeitura de Ciudad del Este

De acordo com a prefeitura de Ciudad del Este, “a cor verde observada nas águas do Lago da República é consequência da proliferação de algas, provocada pelas altas temperaturas e pelo baixo nível de água”.

Em declarações reproduzidas pelo jornal La Nación, Leopoldo Alarcón, assessor técnico da Diretoria de Gestão Ambiental, confirmou a situação.

Conforme Alarcón, a diminuição da vazão gera o acúmulo de algas perto da barragem que forma o lago. Por outro lado, o cheiro é provocado pela decomposição das algas.

O Lago da República é a parte represada do Arroio Amambay, que cruza importantes áreas do perímetro urbano de Ciudad del Este.

Em vários pontos, o Arroio Amambay recebe dejetos que não passam por tratamento. A matéria orgânica contida em tais efluentes contribui para a proliferação de espécies de algas.

Lago da República como fonte de água

Além de cartão-postal de Ciudad del Este, o Lago da República também possui duas estações de tratamento de água. O líquido extraído do local abastece a área central e alguns bairros do entorno, como as “Áreas” (vilas construídas por Itaipu).

Ao jornal ABC Color, Leopoldo Alarcón disse que a prefeitura pediu informações à empresa pública nacional (ESSAP), bem como à diretoria paraguaia de Itaipu, sobre a qualidade da água retirada do lago urbano.

“Estamos pedindo relatórios à ESSAP e à usina de Itaipu sobre a qualidade da água que está sendo bombeada para tratamento”, relatou.

Nessa quinta (23), trabalhadores de uma empresa contratada pela binacional removeram parte das algas nas imediações da barragem do Lago da República.

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