Produtores combatem contrabando de tomate na fronteira

Vegetais adquiridos legalmente no comércio de Foz do Iguaçu são levados ao Paraguai driblando a fiscalização sanitária.

Agricultores de zonas produtoras de tomates, pimentões e outros vegetais no Paraguai estão revezando-se, na cabeceira paraguaia da Ponte Internacional da Amizade, para denunciar a entrada ilegal de produtos no país.

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Os produtores, vindos de municípios do interior do departamento (estado) de Alto Paraná, como Yguazú, Juan León Mallorquín e Juan Emilio O’Leary, posicionaram-se na pista de acesso à aduana de Ciudad del Este para dar o alerta sobre cargas suspeitas.

“Se os produtores não estivessem aqui, nada seria apreendido”, considerou Lisandro González, em declarações reproduzidas pelo jornal La Clave. “É lamentável que tenhamos que recorrer a essas medidas extremas para proteger nosso trabalho.”

Historicamente, o tomate brasileiro tem preço mais baixo que o cultivado no Paraguai, por questões como escala de produção. O contrabando, por sua vez, dificulta a expansão das lavouras de tomate no país, gerando um círculo vicioso.

Contrabando “formiguinha”

Itens de origem vegetal ou animal, adquiridos em Foz do Iguaçu e na cidade argentina de Puerto Iguazú, costumam ser levados ilegalmente a Ciudad del Este e outras regiões do Paraguai pelos chamados paseros, que praticam o contrabando “formiguinha”.

Muitos dos carregamentos são comprados em locais como as distribuidoras de alimentos em Foz do Iguaçu, com o correspondente pagamento de impostos no Brasil.

A irregularidade ocorre a partir do momento em que a entrada no Paraguai é feita clandestinamente, a bordo de vans e outros veículos, driblando os controles tributários e a fiscalização sanitária obrigatória.

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