Agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Paraguai, localizaram, nessa terça-feira (17), dois hectares de plantações de maconha. A quantidade é pequena, mas o destaque é a localização: à beira do Rio Paraná.
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Em boletim enviado à imprensa, a Senad relata que o achado ocorreu no município de Ñacunday, ao sul da fronteira entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu, já no encontro entre Paraguai e Argentina.
@senad_paraguay detectó cultivos de marihuana a metros de la frontera con Argentina
— Paraguay TV (@ParaguayTVHD) December 18, 2024
▶️Agentes Especiales del Departamento Regional N° 2, con asiento en Ciudad del Este, se trasladaron hasta la localidad de Lomas Valentinas, distrito de Ñacunday, Departamento de Alto Paraná. pic.twitter.com/no5p0FpmgH
Os dois hectares, que renderiam cerca de seis toneladas de maconha, estavam ocultos em meio à vegetação, em um local pouco povoado.
O procedimento de destruição das plantas foi acompanhado pelo promotor Elvio Aguilera, representante do Ministério Público do Paraguai. As investigações continuam para identificar os responsáveis pela narcolavoura.
Já o destino da droga, levando em conta a localização, seria, provavelmente, a Argentina, segundo maior mercado consumidor da maconha produzida no Paraguai.
O valor estimado da droga, considerando o preço médio de venda em território argentino, é de US$ 900 mil (R$ 5,5 milhões), conforme os cálculos da Senad.
Produção de maconha no Paraguai
A maior parte das plantações de maconha no Paraguai está localizada nas proximidades da fronteira seca com o Brasil, na área vizinha ao Mato Grosso do Sul.
Nos últimos anos, contudo, o cultivo tem passado por etapa de expansão, com a localização de grandes áreas mais ao sul, nos departamentos (estados) de Caazapá, Alto Paraná e Itapúa.
Outro ponto é a cada vez maior profissionalização dos responsáveis pelas plantações. Há casos, por exemplo, de pessoas com formação universitária na área agrícola, recrutadas para auxiliar na melhoria da produtividade e da qualidade das plantas no Paraguai.
Já a mão de obra braçal é composta, principalmente, por camponeses pobres e indígenas, que enxergam na cooperação com o tráfico uma oportunidade de renda em locais com baixa disponibilidade de empregos formais.