Paraguai localiza plantações de maconha à beira do Rio Paraná

Descoberta foi na cidade de Ñacunday, ao sul da fronteira entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu; plantas foram destruídas pela Senad.

Agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Paraguai, localizaram, nessa terça-feira (17), dois hectares de plantações de maconha. A quantidade é pequena, mas o destaque é a localização: à beira do Rio Paraná.

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Em boletim enviado à imprensa, a Senad relata que o achado ocorreu no município de Ñacunday, ao sul da fronteira entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu, já no encontro entre Paraguai e Argentina.

Os dois hectares, que renderiam cerca de seis toneladas de maconha, estavam ocultos em meio à vegetação, em um local pouco povoado.

O procedimento de destruição das plantas foi acompanhado pelo promotor Elvio Aguilera, representante do Ministério Público do Paraguai. As investigações continuam para identificar os responsáveis pela narcolavoura.

Já o destino da droga, levando em conta a localização, seria, provavelmente, a Argentina, segundo maior mercado consumidor da maconha produzida no Paraguai.

O valor estimado da droga, considerando o preço médio de venda em território argentino, é de US$ 900 mil (R$ 5,5 milhões), conforme os cálculos da Senad.

Conforme os cálculos das autoridades antidrogas do Paraguai, cultivos renderiam cerca de seis toneladas.
Conforme os cálculos das autoridades antidrogas do Paraguai, cultivos renderiam cerca de seis toneladas. Foto: Gentileza/Senad

Produção de maconha no Paraguai

A maior parte das plantações de maconha no Paraguai está localizada nas proximidades da fronteira seca com o Brasil, na área vizinha ao Mato Grosso do Sul.

Nos últimos anos, contudo, o cultivo tem passado por etapa de expansão, com a localização de grandes áreas mais ao sul, nos departamentos (estados) de Caazapá, Alto Paraná e Itapúa.

Outro ponto é a cada vez maior profissionalização dos responsáveis pelas plantações. Há casos, por exemplo, de pessoas com formação universitária na área agrícola, recrutadas para auxiliar na melhoria da produtividade e da qualidade das plantas no Paraguai.

Já a mão de obra braçal é composta, principalmente, por camponeses pobres e indígenas, que enxergam na cooperação com o tráfico uma oportunidade de renda em locais com baixa disponibilidade de empregos formais.

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